Ex-funcionários do Twitter obtêm vitória em processo contra demissões em massa de Musk

Elon Musk, dono do antigo Twitter: processado por funcionários (Foto: Wikipedia)

Ex-funcionários do Twitter estão ganhando as primeiras batalhas legais contra as demissões em massa realizadas por Elon Musk após a aquisição da empresa em 2022. Recentemente, quatro ex-empregados venceram arbitragens, alegando que foram ilegalmente privados de suas indenizações. Segundo um memorando obtido pela Bloomberg, os funcionários argumentaram que, embora não tivessem respondido a um e-mail de Musk em que eram convidados a escolher entre um ambiente de trabalho “extremamente rígido” ou deixar a empresa, eles foram demitidos sem receber as compensações prometidas.

A decisão de Musk de reduzir custos, com demissões em larga escala, gerou repercussões tanto no setor privado quanto no público. Ele adotou uma estratégia similar quando assumiu um papel na administração do presidente Donald Trump, criando um cenário de incerteza no governo federal, com um e-mail enviado a mais de dois milhões de servidores federais oferecendo a opção de demissão voluntária, com salários até o final de setembro.

No caso do Twitter, agora chamado X, os ex-funcionários argumentaram que, como não se demitiram voluntariamente, tinham direito às indenizações estabelecidas antes da compra da empresa. Os processos judiciais semelhantes envolvendo trabalhadores federais também estão em andamento, com questões sendo levantadas sobre os pagamentos devidos.

Após a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões, Musk demitiu mais da metade dos funcionários da empresa, o que gerou uma série de queixas legais. Advogados que representam os ex-empregados relatam que os custos com as arbitragem, incluindo juros e honorários, acabaram saindo mais caros para a empresa do que o valor das indenizações contestadas. Shannon Liss-Riordan, uma das advogadas responsáveis, representa mais de 2.000 ex-funcionários do Twitter em disputas legais contra Musk.

Além disso, em um caso de grande destaque na Irlanda, um funcionário do Twitter recebeu uma indenização superior a €550.000 após ser demitido de maneira similar, o que chamou a atenção para a gravidade da situação.

A abordagem de Musk, tanto no Twitter quanto no governo dos EUA, gerou controvérsia, sendo defendida por algumas figuras políticas, como o ex-presidente Trump, que alegou que as ações visavam combater fraudes e desperdícios. No entanto, a situação tem gerado críticas de sindicatos, democratas e até eleitores de bastiões republicanos.

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