Gleisi Hoffmann surpreende ao assumir Ministério e impactar relações políticas

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De maneira inesperada, Gleisi entrou em contato com Haddad e líderes do Congresso logo após o convite feito por Lula para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). A atitude foi vista por seus aliados como um gesto para harmonizar a relação com Haddad, que é conhecido por ser crítico da política econômica do governo de forma geral.

A nomeação de Gleisi Hoffmann para o cargo de ministra surpreendeu a todos e gerou uma sequência de telefonemas da parte da futura ministra para diferentes autoridades. Um desses contatos foi direcionado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que expressou seu descontentamento quanto à escolha da petista para a função de articulação política.

O convite feito por Lula ocorreu durante uma reunião não agendada oficialmente na manhã de uma sexta-feira no Palácio do Planalto, seguido pela divulgação rápida por parte da Secom sobre a escolha de Gleisi. Imediatamente, ela iniciou suas chamadas para os ministros e líderes, embarcando posteriormente em uma viagem para Montevidéu, ao lado de Lula, para a posse do presidente uruguaio.

A decisão de Lula em nomear Gleisi como ministra contrariou as expectativas de líderes do centrão, que defendiam alguém do próprio grupo para a articulação política. A confiança inabalável de Lula na deputada foi o principal critério para a sua escolha, com base na atuação dela durante um período crítico para o PT, enquanto Lula estava detido.

Apesar de ser vista por alguns como radical e inflexível, aliados de Gleisi ressaltam o papel de articuladora que desempenhou durante a campanha bem-sucedida de Lula em 2022. Destacam também a sua relação positiva com líderes de outros partidos e com o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Hugo Motta.

A indicação de Gleisi para um cargo de destaque no governo despertou opiniões divergentes no Congresso e no próprio PT, sendo que muitos acreditam que a relação do governo com outros partidos deve se deteriorar. No entanto, a confiança de Lula na capacidade da deputada para exercer a função de articulação política foi o fator determinante para a sua escolha.

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