Selton Mello: do Sul de MG ao Oscar – Biografia e indicação para Melhor Filme

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Do interior ao tapete vermelho do Oscar: as memórias de infância de Selton Mello no Sul de MG

Natural de Passos (MG), ator sul-mineiro vai representar o Brasil ao lado de Fernanda Torres na cerimônia mais importante do cinema.

Selton Mello pede música no Fantástico após 3 indicações do filme ‘Ainda Estou Aqui’ ao Oscar

O sul-mineiro Selton Mello será um dos representantes do Brasil no tapete do Oscar 2025, neste domingo (2), em Los Angeles. Ao lado de Fernanda Torres, o ator é uma das estrelas de “Ainda Estou Aqui”, filme que irá concorrer ao prêmio em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz.

Nascido em Passos (MG), no dia 30 de dezembro de 1972, Selton Mello passou boa parte da infância entre a cidade natal e Nepomuceno, terra de sua mãe. Foi no Sul de Minas que ele criou laços afetivos e memórias que, anos depois, foram resgatadas na biografia “Eu Me Lembro”, lançada em 2024.

No início do ano passado, o ator retornou à região para divulgar o livro e revisitar espaços que marcaram a infância. Durante uma “viagem ao passado”, ele compartilhou momentos especiais com os seguidores nas redes sociais, incluindo visitas à casa dos tios e ao Cine Roxy. Além do lançamento da obra, o artista também reviveu “mineirices”.

Na publicação, o sul-mineiro apresentou a “casa na roça”, propriedade dos tios onde se divertia quando era criança. A área fica em Nepomuceno, cidade natal da mãe, que acabou falecendo meses depois, em julho de 2024, aos 83 anos.

Em um dos relatos, Selton revelou a conexão com sua família e a influência do interior em sua formação.

Em Passos, ele relembrou as memórias com o pai – que também é natural da cidade sul-mineira. O ator contou que viajar para o destino com o “melhor amigo” [pai] era parte da missão dele. À época, Danton Mello, irmão dele, chegou de surpresa para participar do momento.

Outro relato carregado de emoção foi sobre o lugar escolhido para o lançamento da biografia: o cinema de rua. O artista relembrou o que viveu e afirma ter “criado novas memórias” por lá.

“Vi tios, primos, amigos queridos. Comi coisas gostosas, senti coisas bonitas. Me abasteci de lembranças boas. Alimentação afetiva. Ainda digerindo tudo. Nessa viagem recebi muita informação. As melhores informações”, encerrou a publicação feita logo após a visita.

BIOGRAFIA NO INTERIOR

Selton Mello, ator, dublador e diretor, começou a trabalhar muito cedo, aos 7 anos. Com 52 anos e mais de quatro décadas dedicadas à arte, Selton Mello tem uma carreira marcada por sucessos no cinema e na televisão.

Em janeiro de 2024, o artista lançou no Sul de Minas a biografia “Eu me lembro”, que celebrou os 40 anos de carreira.

“Nasci aqui Passos, meus pais moravam em São Paulo, e eu vivi muito também em Nepomuceno, então, são duas cidades muito importantes na minha formação. Passos, que é a terra do meu pai e a minha terra, e Nepomuceno, que é a terra da minha mãe. Então, eu vivi muito aqui na infância, em São Paulo. Essa mistura de roça, terra, de andar a cavalo, de pegar fruto do pé, isso foi fundamental na minha formação”, disse em entrevista à EPTV, afiliada TV Globo.

INDICAÇÃO AO OSCAR 2025

Com a indicação de “Ainda estou aqui” como Melhor Filme, é a primeira vez na história que um filme brasileiro disputa a maior categoria do Oscar. A premiação acontece no domingo (2), em Los Angeles.

A produção também tem outras duas indicações: Filme Internacional e Melhor Atriz (Fernanda Torres). O filme dirigido por Walter Salles – que também tem conexão com o Sul de Minas, estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, é o primeiro longa original Globoplay.

“Ainda estou aqui” é uma adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva. No filme, o público acompanha a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970, mãe de cinco filhos – em uma das maiores ativistas dos Direitos Humanos do país após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), pela ditadura militar.

Mesmo sem ter sido indicado individualmente, Selton celebra a conquista do filme e exalta a importância da produção para o Brasil.

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