Laudo necroscópico idoso em apartamento com esposa Alzheimer: causa indeterminada. Polícia investiga possível maus-tratos.

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Laudo do corpo de idoso achado em apartamento junto a esposa com Alzheimer
aponta causa da morte

Laudo necroscópico considerou a causa da morte como ‘indeterminada’ diante do
estado de decomposição do cadáver. Apesar disso, a Polícia Civil investiga se o
idoso morreu em decorrência de maus-tratos ou problemas de saúde.
A situação da casa onde a mulher com Alzheimer e o filho conviviam com o
idoso em Santos (SP) — Foto: Reprodução. O laudo necroscópico do idoso encontrado morto dentro do próprio apartamento junto a esposa e o filho apontou a causa da morte como indeterminada. O caso aconteceu em Santos, no litoral de
São Paulo. Segundo a delegada Fernanda dos Santos Souza, o resultado do laudo foi dificultado pelo avançado estado de putrefação do corpo.

Policiais civis da Delegacia de Proteção ao Idoso da cidade foram até o
apartamento da família, no bairro Embaré, para cumprir um mandado de busca e
apreensão. No local, a idosa diagnosticada com Alzheimer, de 77 anos, e o filho do
casal, de 47 anos, foram encontrados convivendo ao lado do corpo.
Conforme apurado pela Polícia Civil, a causa da morte ‘indeterminada’ deixou a situação mais difícil para as autoridades comprovarem possíveis maus-tratos. O laudo do Instituto de Criminalística ainda está pendente, porém, a investigação continua com a ouvida de diversas testemunhas em busca de mais evidências.

Um dos filhos do idoso disse à Polícia Civil ter ficado ‘abraçado’ ao corpo
do pai junto com a mãe, diagnosticada com Alzheimer. A Polícia Civil investiga o filho do idoso, de 47 anos, e a irmã dele, que não teve sua identidade revelada, suspeitando de distúrbios psiquiátricos ou dependência de drogas, embora ele negue essas possibilidades.

De acordo com a delegada, a filha da vítima poderá responder por abandono material
e maus-tratos dependendo da causa da morte do idoso. No entanto, em relação ao filho que manteve o corpo do idoso no apartamento, ela vê a situação como negligência, não intencionalidade. A idosa foi encaminhada a um abrigo para acompanhamento social.
Os agentes interfonaram no imóvel, mas não foram atendidos e precisaram acionar um chaveiro para entrar na residência no último dia 6 de fevereiro. No local, a mãe, o filho e o corpo do idoso foram encontrados. O caso foi registrado como morte suspeita, encontro de cadáver e exposição ao perigo da integridade e saúde, com investigações em curso.
A Baixada Santista possui delegacias especializadas em crimes contra idosos. A Polícia Civil continua investigando o caso para esclarecer as circunstâncias da morte do idoso e a possível responsabilidade dos envolvidos, mantendo o foco na proteção dos idosos vulneráveis na região. Com informações atualizadas, o desfecho do caso está sujeito às descobertas das investigações em andamento.

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