Programa de Combate à Violência Sexual no Transporte Coletivo é aprovado

O projeto de lei que cria o Programa de Combate à Violência Sexual no Transporte Coletivo, foi aprovado ontem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara Municipal de Goiânia.

O programa tem o objetivo de chamar a atenção para o alto número de casos de violência sexual nos ônibus, criar campanhas educativas para estimular a denúncia das vítimas e conscientizar a população e a tripulação dos veículos sobre a importância do tema.

O projeto estabelece que as empresas concessionárias do serviço de transporte coletivo deverão criar uma ouvidoria para receber denúncias  de violência sexual e encaminhá-las  à autoridade policial competente; capacitar a tripulação do transporte coletivo; e utilizar sistema de vídeo monitoramento e sistema de localização via satélite com a tecnologia  Global Positioning System (GPS) para identificar os violentadores e o exato momento da violência.

“Queremos que as vítimas desse tipo de violência sejam encorajadas a procurar as autoridades e realizar a denúncia, para que as medidas apropriadas contra esse tipo de agressão possam ser efetivamente tomadas e os culpados punidos”, explica o vereador.

 

Casos

Em setembro de 2017, um homem foi preso em flagrante, em São Paulo, após ter ejaculado em uma mulher dentro de um ônibus na Avenida Paulista. Depois de ter sido liberado pelo juiz responsável, o homem novamente cometeu ato semelhante, o que revoltou à população e chamou atenção para o problema.

 Em Goiânia, em outubro de 2017, uma criança de 11 anos foi violentada dentro do ônibus e, após mãe pedir para motorista parar o ônibus, agressor começou a ser linchado, o que só terminou com a chegada da polícia.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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