Setor produtivo busca flexibilidade no Bolsa Família para reduzir preços dos alimentos

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Setor produtivo pede flexibilidade no bolsa família para baratear alimentos

Reunião entre representantes de setores do agro com vice-presidente e ministros
está marcada para as 15h

Na reunião que vai discutir os preços dos alimentos, marcada para esta
quinta-feira (6), às 15h, serão debatidas medidas para reduzir os custos e
conter a inflação no setor. O encontro reunirá integrantes do governo e
representantes da indústria de alimentos em busca de alternativas para ampliar a
oferta e aliviar a pressão sobre o consumidor.

Uma das propostas que serão apresentadas sugere a flexibilização das regras para
trabalhadores que recebem o Bolsa Família, permitindo que sejam empregados sem
perder o benefício por um ano.

A medida ampliaria a oferta de mão de obra e reduziria custos no setor
produtivo, o que pode contribuir para a queda dos preços, especialmente da carne
bovina, que teve aumento de mais de 20% no ano passado.

Segundo apurou a CNN, os setores defendem que a redução nos preços dos alimentos
não depende de uma única ação, mas sim de um conjunto de fatores, incluindo o
câmbio, os custos de produção e o repasse de reduções ao varejo.

Já a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) defende que as
medidas para conter a alta dos preços sejam estruturais, como melhorias
emergenciais em rodovias estratégicas para garantir o escoamento da safra,
ampliação da capacidade de armazenamento e a possibilidade de redução temporária
das tarifas de importação de insumos essenciais para embalagens.

Em nota, a entidade pontua que a indústria de alimentos enfrenta um aumento nos
custos de produção, impulsionado pela alta nos preços das commodities agrícolas,
das embalagens e da energia.

Eles citam eventos climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e
estiagens prolongadas no Centro-Oeste, Sudeste e Norte, impactaram a produção de
grãos e a qualidade das pastagens, pressionando os preços de matérias-primas
como soja, milho, trigo, leite e carne. Além disso, o imposto de importação
sobre resinas plásticas e os reajustes no custo da energia elétrica (10%),
diesel (7%) e gás natural (6%)também contribuíram para esse cenário.

“Apesar dos desafios, os investimentos contínuos do setor possibilitaram
minimizar os impactos para o consumidor. O custo médio de produção de alimentos
industrializados subiu 9,3%, enquanto a inflação desses produtos, medida pelo
IPCA-IBGE, foi de 7,7%”, diz a nota.

A reunião contará com a presença do vice-presidente e ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e dos
ministros Rui Costa (Casa Civil), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira
(Desenvolvimento Agrário).

Também participarão representantes da Associação Brasileira da Indústria de
Alimentos (ABIA), da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), da
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e da Associação Brasileira das
Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

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