O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) está investigando o prefeito de Paulo de Frontin, José Emmanoel Rodrigues Artemenko, conhecido como Maneko (União Brasil), por suspeitas de contratação de parentes de vereadores em troca de apoio na Câmara Municipal. A investigação aponta que Maneko estaria desrespeitando uma lei municipal que proíbe a contratação de familiares de membros do Poder Legislativo, como vereadores, vice-prefeitos, prefeito e secretários.
De acordo com o MP, o prefeito Maneko teria alocado parentes de vereadores em cargos públicos com o objetivo de garantir apoio político na câmara. A prática levanta questionamentos sobre possível favorecimento e nepotismo na administração pública local. A lei municipal que proíbe tais contratações foi aprovada em 2009, justamente para evitar esse tipo de prática e garantir a imparcialidade e legalidade nas nomeações para cargos públicos.
Segundo as investigações, Maneko teria distribuído cargos entre os apadrinhados políticos, beneficiando os familiares dos vereadores com cargos na prefeitura. Dessa forma, a gestão do prefeito teria sido marcada por contratações questionáveis e com possíveis interesses políticos por trás das nomeações. A suspeita é de que as contratações foram feitas em troca de apoio na câmara, o que configura uma possível prática de “rachadinha”.
Alguns vereadores mencionados nas investigações, como Júlio Cesar da Silva Sereno, Sandro Ferreira Pinto e Moises dos Santos Rocha, tiveram familiares empregados na prefeitura de Paulo de Frontin. Além disso, outros vereadores também foram citados no caso, indicando uma possível rede de favorecimento dentro do governo municipal. A investigação do MP aponta para possíveis irregularidades e nepotismo na gestão do prefeito Maneko.
Em 2023, Maneko foi afastado do cargo de prefeito de Paulo de Frontin por suspeitas de fraude em licitações da prefeitura com o uso de documentos falsos. No entanto, em setembro do mesmo ano, uma liminar determinou o seu retorno ao cargo até o julgamento definitivo do caso. Em 2024, Maneko foi reeleito prefeito do município, apesar das investigações em curso sobre as suspeitas levantadas em 2023.
A Câmara de Vereadores destacou que as nomeações na prefeitura não foram por indicação dos parlamentares, mas sim pela qualificação dos nomeados. Por outro lado, o prefeito Maneko não se pronunciou sobre as acusações e não retornou os contatos realizados pela reportagem. A investigação continua em andamento e o desfecho do caso dependerá do julgamento das suspeitas levantadas pelo Ministério Público.