O Brasil conta com oito endereços que levam o nome “Deputado Rubens Paiva” ou “Rubens Paiva”, de acordo com os Correios. No entanto, esse número pode aumentar após 30 anos com uma rua no Paraná. O caso mais recente ocorreu na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná, onde o nome “Marechal” foi indevidamente adicionado a “Rubens Paiva” nos anos 90.
Na Zona Norte de São Paulo, em 1992, uma rua foi nomeada em homenagem ao engenheiro e deputado federal cassado, preso e morto pela ditadura militar, que foi retratado no filme “Ainda Estou Aqui”. A prefeitura da capital paulista revelou que a rua recebeu esse nome conforme o decreto nº 31.230, por sugestão da Sociedade Amigos do Jardim Thereza.
Ao investigar outros endereços, a TV Globo descobriu a “Marechal Rubens Paiva” em Francisco Beltrão, Paraná. Um antigo servidor da prefeitura protocolou um pedido de correção para que o nome da rua seja apenas “Rubens Paiva”, sem o “Marechal”, após a emissora questionar outros moradores sobre o assunto.
A prefeitura agora busca o arquivo-morto fora do prédio para verificar os documentos relativos ao antigo loteamento e corrigir o nome da rua. Em Atibaia, São Paulo, a prefeitura informou que uma rua foi denominada “Rua Rubens Paiva” por decreto de 1988. Já em Praia Grande, São Paulo, uma rua foi batizada como “Deputado Rubens Paiva” em homenagem ao engenheiro e político retratado no filme.
Em outra parte do estado de São Paulo, São João da Boa Vista revelou que a rua Rubens Paiva recebeu esse nome em homenagem à luta do deputado pela democracia durante a Ditadura Militar. No Rio de Janeiro, Jacarepaguá, possui uma Rua Deputado Rubens Paiva. A cidade de São João de Meriti também está investigando o ano do decreto que nomeou a Rua Deputado Rubens Paiva.
Em Aracaju, uma praça foi denominada em homenagem ao engenheiro Rubens Paiva, enquanto em Ariquemes, Rondônia, a prefeitura não respondeu sobre a rua localizada no Setor 8. A história de Rubens Paiva e sua esposa, Eunice Paiva, foi retratada no filme “Ainda Estou Aqui”, que fez história ao ganhar o primeiro Oscar da história do Brasil na categoria de melhor filme internacional. O diretor Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva e a todas as mulheres extraordinárias que deram vida a ela.