Leila: Palmeiras pedirá exclusão do Cerro por racismo em jogo da Libertadores Sub-20

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Leila diz que Palmeiras pedirá exclusão do Cerro por racismo: “Não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas”

Caso aconteceu na noite de quinta-feira, quando um torcedor do time paraguaio imitou um macaco na direção do atacante Luighi, em jogo pela Libertadores Sub-20

Luighi chora e pede providências da Conmebol após caso de racismo em Cerro Porteño x Palmeiras

Leila Pereira se pronunciou nesta sexta-feira sobre os ataques racistas sofridos por Luighi e a equipe do Palmeiras durante a Libertadores Sub-20, na última quinta, no Paraguai. A presidente do clube disse que pedirá a exclusão do Cerro Porteño da competição e criticou o árbitro.

– Ele não cumpriu com uma determinação da Fifa – disse Leila sobre o árbitro, que não paralisou o jogo no momento da agressão.

– Vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição. Porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas, nossos torcedores.

A presidente acompanhou a partida pela TV e disse que após o pronunciamento conversou com o coordenador da base do clube, João Paulo Sampaio, e com Luighi, parabenizou pela força e coragem, além de dizer que irão até as últimas instâncias por punição.

– É um menino. Fiquei extremamente comovida, chateada e raivosa. Mas essa raiva tenho que expor de forma civilizada. Se esses criminosos não são civilizados, temos que ser.

A Conmebol disse que medidas disciplinares serão implementadas, e que outras ações estão sendo avaliadas com especialistas da área. A CBF, por sua vez, disse que representará à Conmebol cobrando “rigor nas punições”.

O caso aconteceu na noite de quinta-feira quando um torcedor do Cerro Porteño imitou um macaco na direção de Luighi. Integrantes da torcida também cuspiram na direção do atacante.

Luighi deixou o campo chorando e desabafou em entrevista após a partida, cobrando ações da Conmebol e também o repórter – que o perguntou sobre o jogo ao invés da agressão racista.

> – Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo
> que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala,
> até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso?

– Vai me perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Ou a
CBF, sei lá. Você não ia perguntar sobre isso né? Não ia. É um crime o que
ocorreu hoje. Isso aqui é formação, estamos aqui para aprender – disse Luighi.

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