O Ministério Público do Rio solicitou o arquivamento das acusações contra Igor Melo de Carvalho e Thiago Marques Gonçalves. Igor foi baleado e ambos foram presos em flagrante por suspeita de terem roubado um celular de uma mulher na Zona Norte do Rio. Segundo o MPRJ, os dois não cometeram o crime. A promotora responsável pelo caso afirmou que os dois estavam comprovadamente trabalhando no horário em que o roubo foi relatado, no dia 23 de fevereiro. No entanto, apesar das circunstâncias, Igor acabou baleado e precisou ser hospitalizado.

Após receber alta do hospital, Igor falou sobre a esperança de obter justiça em relação ao incidente. A promotora responsável pela investigação solicitou o arquivamento das acusações na 29ª Vara Criminal da Capital. Ela apontou que os dois acusados não foram os autores do roubo de celular narrado pela vítima e destacou que estavam trabalhando no momento do crime. A Justiça determinou a soltura dos dois após a constatação de que estavam em seus locais de trabalho durante o horário do suposto roubo.

Além disso, a promotora citou os três empregos de Igor e salientou que ele saía de um bar na Penha no dia em que foi confundido como um criminoso pela vítima. O Ministério Público ainda solicitou a restituição da moto apreendida de Thiago e a abertura de investigações sobre a conduta do policial militar reformado que atirou contra Igor. O advogado de Thiago afirmou que será proposta uma ação reparatória diante do ocorrido, tanto em relação ao autor do disparo quanto ao Estado.

Na versão apresentada pelo policial militar, ele afirma ter atirado contra Igor ao ver o jovem armado na moto de Thiago. No entanto, em seu segundo depoimento, o policial mudou sua versão e afirmou que o estudante não estava armado, mas fez menção de estar. Ele alegou ter atirado em legítima defesa após o passageiro da moto realizar movimentos que o levaram a crer que estava armado. As investigações continuam em andamento para esclarecer os fatos e apurar a conduta do policial reformado envolvido no caso.