Novos ataques israelenses em Gaza interrompem negociações de cessar-fogo

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Um novo ataque israelense acabou com a vida de duas pessoas em Gaza, de acordo com informações de autoridades locais. Esta ofensiva aérea aconteceu em meio às negociações para prorrogar o cessar-fogo entre Israel e Hamas que ocorrem no Cairo.

Segundo fontes médicas, um ataque aéreo de Israel resultou na morte de dois palestinos na região de Rafah, sul da Faixa de Gaza, no último sábado (8). Enquanto isso, mediadores avançavam nas discussões para estender o cessar-fogo de 42 dias, acordado em janeiro, entre Israel e o Hamas.

O exército israelense informou que uma de suas aeronaves atingiu um drone que cruzou a fronteira de Israel em direção ao sul de Gaza, bem como “vários suspeitos” que tentavam recuperá-lo, em um aparente caso de contrabando frustrado.

Os novos ataques surgem após uma ofensiva com drone de Israel ter causado a morte de duas pessoas em Gaza na última sexta-feira (7). As Forças de Defesa de Israel declararam ter atacado um grupo de supostos militantes que estavam operando próximo às suas tropas no norte do território, plantando um dispositivo explosivo no solo.

Essas recentes ações militares ocorrem enquanto uma delegação do Hamas se envolve em negociações de cessar-fogo no Cairo com mediadores egípcios, visando alcançar a próxima etapa do acordo que pode contribuir para o fim do conflito na região.

O Hamas mencionou que há “indicadores positivos” para o início das negociações da segunda fase, sem fornecer detalhes adicionais. A organização mostrou-se pronta para participar do processo de negociação, priorizando as demandas do povo palestino e buscando o levantamento do bloqueio sobre a Faixa de Gaza.

Desde que a trégua entrou em vigor em janeiro, houve a exigência de libertação dos reféns restantes em cativeiro do Hamas, além de que os planos finais para o término do conflito fossem discutidos. Com o término da primeira fase do acordo, Israel impôs um bloqueio total, restringindo a entrada de bens na região e pressionando pela libertação dos reféns.

Com os confrontos interrompidos desde janeiro, o Hamas liberou alguns reféns, enquanto Israel acredita que menos da metade dos 59 reféns restantes ainda estão vivos. Por sua vez, as autoridades israelenses afirmam que o ataque ao território de Gaza resultou em um grande número de vítimas, deslocando grande parte da população local.

As acusações de genocídio e crimes de guerra contra Israel são negadas pelo país, que aponta o ataque inicial dos combatentes islâmicos liderados pelo Hamas como o estopim para a escalada do conflito. Com perspectivas de novas negociações em andamento, a situação na região de Gaza permanece tensa e instável.

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