Pesquisa revela disparidade de gênero entre artistas musicais da Billboard Hot 100 – Inclusão na Indústria da Música

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De acordo com dados coletados de uma pesquisa norte-americana, as mulheres representaram apenas 37% dos artistas presentes na principal parada musical Billboard Hot 100 em 2024. Os resultados da pesquisa intitulada “Inclusion in the Recording Studio?” mostram uma disparidade de gênero preocupante na composição musical.

Em relação ao ano de 2023, houve um pequeno aumento na representatividade feminina, passando de 35% para os atuais 37,7%. No entanto, esses números ainda estão longe de refletir a realidade da população feminina nos Estados Unidos, que corresponde a pelo menos metade do total de habitantes do país, ou seja, 50,4%.

A análise dos dados revela que a disparidade de gênero é mais evidente no campo da composição, onde cerca de 80% dos créditos são dados a compositores homens. Os artistas masculinos dominam as paradas musicais, com nomes como Drake, Max Martin e Dr. Luke ocupando as primeiras posições. Esses artistas têm mais músicas nas paradas em 12 anos do que a maioria das artistas, com exceção de nomes como Nicki Minaj e Taylor Swift.

Apesar do crescimento expressivo do número de compositoras desde 2012, a presença feminina ainda é limitada nas principais paradas musicais. A pesquisa aponta que apenas sete músicas, o equivalente a menos de 1%, não creditaram nenhum homem como compositor. Isso evidencia a necessidade de maior inclusão e representatividade das mulheres no cenário musical.

No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a equidade de gênero no mundo da música. Dos 12 homens reunidos na pesquisa, sete ainda possuem um maior número de créditos de composição do que Nicki Minaj, uma das poucas artistas femininas mais creditadas. A luta pela igualdade de oportunidades e reconhecimento das mulheres na indústria musical é um desafio constante.

Portanto, é fundamental promover a valorização e visibilidade das artistas femininas, bem como incentivar a participação e o reconhecimento das compositoras. A diversidade de vozes e experiências é essencial para enriquecer a cena musical e garantir que todas as pessoas tenham espaço para expressar sua arte e talento. O futuro da música depende da inclusão e respeito à pluralidade de gênero.

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