No clássico entre Flamengo e Vasco deste sábado, PC Oliveira, comentarista de arbitragem do Grupo Globo, afirmou que a imagem do VAR foi inconclusiva em relação ao gol de Bruno Henrique, gerando uma discussão sobre um possível impedimento. Com a vitória por 2 a 1, o Flamengo garantiu sua vaga na final do Campeonato Carioca.

Durante o programa Troca de Passes no Sportv, PC Oliveira destacou a importância da transparência da Ferj na construção da linha para determinar possíveis impedimentos. Segundo o comentarista, a imagem disponibilizada não permitiu concluir se o gol de Bruno Henrique foi irregular devido à falta de visão clara do pé do jogador vascaíno João Victor.

Ao analisar o atuação do VAR no gol polêmico de Bruno Henrique, PC de Oliveira ressaltou a necessidade de mostrar a construção da linha de impedimento para maior clareza nas decisões. Ele destacou que a Ferj deve disponibilizar informações que sirvam como referência para identificar precisamente a posição dos jogadores no momento do lance.

Antes do início do Campeonato Carioca, houve uma deliberação entre os clubes participantes e a Ferj para estabelecer as diretrizes dos procedimentos do VAR. Uma das mudanças foi o aumento da espessura da linha de impedimento de 6cm para 12cm, visando beneficiar os atacantes e diminuir os chamados lances ajustados.

A CBF, enquanto associação nacional, necessita da autorização do International Football Association Board (IFAB) para implementar alterações em seus torneios. Já as federações estaduais, como a Ferj, possuem autonomia para tomar decisões que impactem diretamente em seus campeonatos, como a mudança na espessura da linha de impedimento.

Durante o debate no programa, PC Oliveira também abordou o tempo necessário para validar o gol de Bruno Henrique, que levou 1 minuto e 16 segundos. Ele ressaltou a importância de um trabalho bem feito para evitar dúvidas e destacou a relevância da transparência e clareza nos processos de arbitragem.

Por fim, o comentarista mencionou a proposta do ex-técnico do Arsenal, Arsène Wenger, de abolir a regra da mesma linha no impedimento, sugerindo uma mudança radical na legislação. Apesar de ainda não ter sido aprovada pelo IFAB, a proposta de Wenger tem gerado discussões sobre possíveis reformas nas regras do futebol internacional.