Polícia Civil prende homem que furtava telhas de empresa onde trabalhava

A Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (DECAR), em Operação Telhado de Vidro, prendeu em flagrante por furto qualificado Francisco Silva de Oliveira, motorista de caminhões e empregado da empresa Eternit e Luiz Fernando Alves de Araújo. Francisco, aproveitando da confiança e por trabalhar na empresa, estaria desviando parte de carregamentos telhas a serem entregues para descarte na cidade de Uruaçu.

A polícia já vinha investigando a dupla que montou um sofisticado esquema para furtar telhas produzidas fora do padrão de qualidade por parte da fábrica Eternit, as quais deveriam ser descartadas em aterro localizado em Minaçu. Francisco Silva era encarregado de realizar o transporte da empresa para o local de descarte, mas desviava a rota e em determinados pontos parava o caminhão com a carga e subtraia grandes quantidades de telhas de oito a quinze toneladas por carregamento.

O parceiro Luiz Fernando, além de auxiliar na descarga das telhas também oferecia parte do quintal da sua residência para estocagem dos produtos e revenda para receptadores certos.

Ao descobrir o esquema, Polícias Civis da DECAR passaram a monitorar os passos efetuados por Francisco desde o carregamento até o transbordo nos locais clandestinos, fazendo isso por mais de uma semana até a efetivação das prisões.

No ato da prisão a DECAR recuperou quase cem toneladas de telhas, um caminhão, uma carreta e uma empilhadeira usada pelos agentes delitivos. A soma dos prejuízos causados por eles ultrapassa a cifra de cinco milhões. Ambos tinham um lucro por descarga de mais ou menos 12 mil reais para cada um.

As telhas que seriam descartadas eram novamente inseridas no mercado pela dupla e depois vendidas ao consumidor final como se fossem normais. Causando grandes prejuízos para a indústria e o consumidor.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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