Gleisi Hoffmann assume Ministério de Relações Institucionais em meio a conflitos internos no PT

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Gleisi Hoffmann assume nesta segunda (10) o ministério responsável pela articulação política do governo de DE, o das Relações Institucionais, sem ter conseguido construir consensos em torno de sua sucessão dentro do próprio partido, o PT.

Obrigada a deixar a chefia da sigla por conta do cargo que vai ganhar no governo, Gleisi acabou sendo protagonista, na antevéspera da posse, de uma reunião, em sua própria casa, na qual correntes divergentes do PT fizeram duras críticas ao nome apontado como favorito pelo presidente Lula para sucedê-la na sigla, o ex-ministro e prefeito Edinho Silva (PT-SP).

Alas associadas aos Tatto, políticos de São Paulo, e que hoje detêm o controle do caixa da sigla, se uniram para atacar Edinho e apontar outros nomes para presidir o partido. Lula, que foi chamado à reunião e compareceu, em um gesto para a própria sigla, presenciou o bate-boca.

Há versões divergentes sobre o motivo da discussão. O grupo mais chegado a Gleisi diz que Edinho costurou a candidatura por cima, sem dialogar com as correntes que hoje estão no comando do partido. O grupo que dá suporte ao ex-prefeito é mais pragmático na avaliação: os que estão no comando do caixa do PT hoje simplesmente não querem abrir espaço, não querem sair.

Na reunião, o grupo mais próximo a Gleisi apresentou alternativas a Edinho para a presidência do PT. Para além da contenda interna, menos importante para o país, está a sinalização explorada pela oposição. “Como alguém que não consegue construir consensos no próprio partido vai fazer pontes com outras legendas, que pensam diferente do PT?”, essa é a pergunta que circula em grupos de centro-direita.

A nova ministra, portanto, vê sua sigla e seu grupo ampliarem as desconfianças sobre sua capacidade de solidificar uma base para DE, que atraia e fidelize votos para além da esquerda.

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