Silvio Almeida nega acusações à ONG Me Too, mas contesta conduta: análise da polêmica de licitação.

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Almeida nega ter dito que ONG burlou licitação, mas contesta “métodos”

Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, é alvo de queixa-crime por difamação apresentada pela ONG Me Too ao STF. Ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, demitido do cargo devido a denúncias de assédio sexual, negou, nesta segunda-feira (10/3), ter acusado a ONG Me Too de tentar burlar uma licitação do órgão em 2023, que previa a alteração na prestação de serviços do Disque 100.

Almeida é alvo de uma ação de difamação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela entidade, responsável por reunir as denúncias de assédio sexual que levaram à demissão do ex-ministro. Em contato com o DE, a defesa de Almeida disse que o ex-ministro ainda não foi notificado oficialmente sobre a ação por difamação. A nota, no entanto, reafirma que a entidade manteve contatos “inapropriados” com representantes do ministério para tratar de contratos.

Silvio foi demitido por Lula. Ex-ministro Silvio Almeida foi demitido após denúncias de assédio sexual. O ex-ministro é acusado de ter assediado Anielle Franco. Na nota enviada ao DE, a defesa do ex-ministro questionou a postura da ONG Me Too em não divulgar seus métodos de atuação. O questionamento se refere à ausência de informações nos dados repassados à Polícia Federal para apuração das denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro.

A queixa-crime pede a abertura de ação penal contra Almeida por três atos de difamação, com agravantes, cujas penas podem variar de três meses a um ano de prisão e multa. A ONG também pede a fixação de uma indenização por danos sofridos a partir da divulgação das acusações de assédio sexual.

As acusações de Silvio Almeida contra a ONG Me Too foram feitas no mesmo dia da divulgação, pelo DE, das denúncias de assédio sexual contra o então ministro, incluindo as feitas pela ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco. Em postagem em seus perfis oficiais nas redes sociais à época, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) alegou que “a Me Too esteve em negociação, em 2023, com as então gestoras da Coordenação-Geral do Disque 100, solicitando mudanças indevidas no formato da licitação vigente no MDHC”.

Na ação apresentada ao STF, a ONG alega ter sido alvo de ataques nas redes sociais após a divulgação da nota. “O conteúdo propagado via postagem publicada no Instagram do MDHC, bem como por meio de sua publicação no site do governo federal, repercutiu de forma ampla e imediata na mídia e perante a opinião pública, desencadeando uma série de apontamentos, questionamentos, inferências e ataques diretos ao Me Too Brasil, bem como à sua diretora presidente, Marina Ganzarolli, nomeada expressamente na aludida nota publicada nos canais oficiais”.

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