As ações da Polícia de São Paulo contra receptação de celulares roubados e furtados têm como objetivo principal fiscalizar lojas e outros imóveis suspeitos de serem centros de receptação. Cerca de 2 mil agentes estão envolvidos na operação em todo o estado, com base em levantamentos do setor de inteligência da polícia.
O crime de receptação envolve adquirir, receber, transportar e/ou ocultar bens sabidamente provenientes de atividades criminosas. A equipe policial tem como foco monitorar os locais apontados como possíveis receptadores, utilizando informações de rastreamento dos aparelhos celulares, fornecidas pelos proprietários nos boletins de ocorrência.
Os dados obtidos nos boletins de ocorrência são fundamentais para direcionar a ação policial e realizar a fiscalização nos locais suspeitos. Segundo o delegado-geral da polícia, Artur Dian, as informações fornecidas pelos registros de ocorrência são essenciais para orientar as investigações. Na cidade de São Paulo, pontos como a favela de Paraisópolis, a Baixada do Glicério, República e Santa Ifigênia foram identificados como áreas com recorrência de receptação.
Os dados indicam que a Rua Guaianases concentra os principais pontos de receptação na região central da cidade, sendo conhecida como o “ninho dos celulares”. A complexidade dos imóveis, como hotéis, apartamentos e lojas, dificulta a identificação exata dos aparelhos roubados ou furtados. A operação “Big Mobile” teve início em janeiro e, até o momento, resultou na recuperação de 16 mil celulares sem procedência na primeira fase.
Após a apreensão dos aparelhos, a identificação dos proprietários é realizada por meio dos números IMEI, uma espécie de “identidade” única de cada celular. Os donos são contatados para recuperarem seus itens, seguindo os protocolos de investigação e devolução de bens. A ação da polícia busca combater a receptação de celulares roubados, contribuindo para a redução dos índices de crimes patrimoniais no estado de São Paulo.