PT define Haddad como vice de Lula

A Executiva Nacional do PT aprovou, nesta noite de domingo (5), o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato a vice na chapa presidencial do partido e fechou uma aliança com o PCdoB, que passa a integrar a coligação formada também pelo PROS e PCO.

O acordo foi orientado pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva , condenado e preso na Lava Jato. Com isso, Manuela d’Ávila deixa de ser candidata ao Palácio do Planalto pelo PCdoB, que terá o direito de assumir a vice na chapa após a Justiça Eleitoral definir a validade da candidatura de Lula.

Mesmo cumprindo pena de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente foi oficializado no sábado candidato do PT. Ele, porém, está potencialmente inelegível com base na Lei da Ficha Limpa após a condenação em segunda instância. Por isso, na prática, a indicação de Haddad deflagra o “plano B” da sigla na disputa presidencial.

O entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exigindo que os partidos definissem candidato e vice até este domingo, prazo final para realização das convenções partidárias, obrigou o PT a antecipar a decisão.  A estratégia original do partido e de Lula era levar as conversas com outros partidos até o dia 15, quando termina o prazo para registro das candidaturas.

Em reunião com dirigentes petistas e advogados na sexta-feira, em Curitiba, Lula determinou que a legenda fosse consultada sobre três nomes: Haddad, a presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffomann, e o ex-ministro Jaques Wagner.

No sábado, Wagner declinou da possibilidade de ser vice e confirmou que vai disputar uma vaga no Senado pela Bahia.  No fim de semana, Haddad e seus aliados ajudaram a derrubar as últimas resistências ao seu nome, impostas principalmente por líderes de movimentos sociais e por parte dos integrantes da bancada paulista do PT na Câmara, que preferiam Gleisi ou Wagner.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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