O vice-presidente Geraldo Alckmin acredita que a isenção do ICMS sobre alimentos terá um impacto rápido nos preços ao consumidor. No entanto, especialistas econômicos questionam a eficácia dessa medida, argumentando que fatores como logística e custos de produção são mais determinantes para a inflação.
Recentemente, o governo anunciou um pacote de medidas para conter a alta dos preços dos alimentos, incluindo a isenção de impostos de importação para produtos como carne e açúcar. Além disso, há planos para aumentar o número de municípios com o Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi) e fortalecer os estoques da Conab.
Opiniões de especialistas
Especialistas como André Braz, do Ibre, sugerem que apenas reduzir impostos não resolve a inflação, pois outros fatores, como o custo de logística e energia, continuam pressionando os preços. Juliana Inhasz, do Insper, também destaca que a redução de alíquotas pode levar a uma queda na produção nacional, o que não beneficiaria o consumidor.
A Fhoresp critica a medida, afirmando que a maioria dos produtos já tem tarifas zeradas devido ao Mercosul, tornando a isenção inócua. Em vez disso, sugere que a redução do ICMS e das taxas do vale-refeição poderia ser mais eficaz.
O governo busca aumentar a popularidade com essas medidas, mas a inflação dos alimentos continua sendo um desafio, especialmente após a alta de 7,69% em 2024. A valorização do Real e o apoio aos produtores são vistas como alternativas para controlar os preços.