Objetivo é garantir reforço à segurança, diz ministro sobre Voepass
Anac suspendeu operações da Voepass nesta terça-feira (11)
Ao comentar, nas redes sociais, a matéria da CNN sobre a decisão da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac), de suspender as operações aéreas da Voepass
nesta manhã (11), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou
que a “ação tem como objetivo garantir que a empresa fortaleça sua governança e
reforce ainda mais a segurança operacional”.
“A decisão da @oficial_Anac, de suspender temporariamente as operações da
Voepass, foi uma medida necessária. O @mporoficial vinha acompanhando a
situação de perto, e essa ação tem como objetivo garantir que a empresa
fortaleça sua governança e reforce ainda mais a segurança operacional”, escreveu
o ministro no X (antigo Twitter).
Em nota, a Anac informou que a decisão acontece por conta de violações nas
condições de segurança estabelecidas pela Agência.
“A decisão da Anac decorre da incapacidade da Voepass em solucionar
irregularidades identificadas no curso da supervisão realizada pela Agência, bem
como da violação das condicionantes estabelecidas anteriormente, para a
continuidade da operação dentro dos padrões de segurança exigidos”, diz trecho
da nota.
À CNN, o ministro afirmou que, a partir de agora, haverá o acompanhamento do
processo. Segundo Costa Filho, o governo ainda deve conversar com outras companhias aéreas
para que os passageiros não sejam prejudicados.
“Foi uma decisão acertada da Anac. Vamos, agora, acompanhar o desfecho do
processo. Estamos conversando com a Latam para que todos os passageiros sejam
atendidos e que não tenha nenhum prejuízo à população”, explicou.
A suspensão ocorre após o acidente aéreo em agosto de 2024, na cidade de
Vinhedo, interior de São Paulo. Com a queda do avião da Voepass, houve a
implementação de uma operação de fiscalização da Anac nas instalações da empresa
de transporte aéreo.
Após o acidente que deixou 62 mortos, a Voepass, que é a quarta maior companhia
aérea do país, apresentou declínio nas respectivas operações.
De acordo com a nota da Anac, em outubro de 2024, medidas como a redução da
malha, aumento do tempo de solo para manutenção, troca de administradores e
planos para correlações de irregularidades nas aeronaves foram exigidas pela
Agência.
No entanto, após novas vistorias em fevereiro, foi identificada “a degradação da
eficiência do sistema de gestão da empresa, em relação às atividades
monitoradas, e o descumprimento sistemático das exigências feitas pela Agência”.