Gleisi vai mapear cargos para fundamentar reforma ministerial de Lula
Indicação de Gleisi Hoffmann para a articulação política foi passo de Lula para iniciar reforma ministerial mais ampla
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann (PT-PR), irá mapear os cargos ocupados por partidos políticos dentro da estrutura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dar início a uma reforma ministerial mais ampla.
A ideia partida do Palácio do Planalto é de que o governo tenha um documento que possa ilustrar a situação da ocupação de cargos políticos. Por exemplo, quando um cacique partidário cobrar maior participação na composição da Esplanada dos Ministérios, o governo terá a delimitação de cada sigla dentro da estrutura da gestão petista.
Esse documento seria uma espécie de dossiê para iniciar a reforma ministerial, com o objetivo de apresentar como os partidos estão organizados dentro da composição governamental.
A reforma ministerial começou justamente com a ida de Gleisi para a SRI, antes ocupada por Alexandre Padilha, que foi conduzido ao Ministério da Saúde, antes chefiado por Nísia Trindade.
O presidente Lula tem sido cobrado tanto por partidos do centrão quanto mais a esquerda por mais cargos no primeiro escalão. As demandas aumentaram uma vez que o governo tem buscado uma marca para tentar a reeleição em 2026.
Dessa forma, Gleisi está incumbida a organizar a articulação política para preparar o terreno para a reeleição de Lula, que tem enfrentado uma queda na aprovação do seu governo.
Para reverter este cenário, o chefe do Palácio do Planalto tem buscado medidas mais populares, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. Essa medida, no entanto, ainda precisa ser enviada ao Congresso Nacional pelo Ministério da Fazenda.
Ainda na SRI, outra medida que tem sido estudada por Gleisi é a priorização de partidos da base para destinação das emendas parlamentares. Na prática, o governo daria prioridade aos partidos que votam com o governo na hora de liberar os recursos indicados pelos deputados e senadores.