A região do Complexo de Israel enfrentou mais um episódio de violência com um novo tiroteio registrado após uma operação policial nesta terça-feira (11). Os vídeos capturaram o momento em que as pessoas que estavam em um ônibus se viram obrigadas a se abaixar para se proteger dos tiros. Horas antes, policiais realizaram uma operação no Complexo de Israel com o objetivo de demolir um ‘resort’ e uma academia pertencentes ao traficante Peixão.

O tiroteio intenso atingiu as comunidades de Parada de Lucas e Vigário Geral, na Zona Norte do Rio de Janeiro, assim como a altura de Jardim América em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, assustando tanto motoristas quanto passageiros que transitavam pela Linha Vermelha. Não há informações concretas sobre a motivação por trás do ocorrido, mas relatos preliminares indicam que a via chegou a ser interditada na região, porém acabou sendo liberada posteriormente pelos agentes da Polícia Rodoviária Federal.

A cena de muitos motoristas retornando na contramão ou parando os veículos na pista para se proteger atrás da mureta foi comum durante o embate. Vídeos foram compartilhados nas redes sociais mostrando o momento em que passageiros de um ônibus se abaixavam para evitar os disparos. Segundo relatos da polícia, criminosos abriram fogo contra um veículo blindado da Polícia Militar.

A troca de tiros nas proximidades da estação de Vigário Geral resultou na suspensão temporária da circulação dos trens da Supervia, que operam apenas entre a Central do Brasil e a Penha, e entre Duque de Caxias e Saracuruna. Parada de Lucas e Vigário Geral fazem parte das cinco comunidades controladas pelo traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, responsável por estabelecer o Complexo de Israel nas margens da Avenida Brasil.

Uma grande operação policial foi realizada mais cedo no local, resultando na destruição de propriedades pertencentes ao traficante, incluindo as estruturas marcadas com a Estrela de Davi, símbolo utilizado pelo tráfico na região. O empenho das autoridades em desmantelar o ‘resort’ e a academia do tráfico em Parada de Lucas foi evidente, buscando minar as atividades ilícitas ligadas ao Complexo de Israel. A violência registrada na região mostra a persistência dos desafios enfrentados pelas forças de segurança no combate ao crime organizado.