José Eliton projeta polarização com Caiado com base nas pesquisas

“Nossa militância está pronta para ir à luta. Tem muita gente que achava que a eleição já estava ganha”

Com base em pesquisas de intenção de voto, o governador José Eliton (PSDB) avalia que a sucessão estadual, em Goiás, aponta para uma polarização entre ele e o senador Ronaldo Caiado (Democratas). Ao responder à indagação de jornalistas durante entrevista coletiva concedida a rádios de Goiânia, na última segunda-feira (6), pela manhã, Eliton disse não ter  bola de cristal e que não faz exercício de futurologia, mas que percebe esse cenário.

Segundo ele o cenário colocado já aponta para uma sinalização de polarização na eleição. “Todas as pesquisas realizadas antes das convenções partidárias mostram Caiado na liderança e Eliton na segunda colocação, seguido de Daniel Vilela (MDB) e pelos demais candidatos a governador, com percentuais variando de acordo com a metodologia de cada instituto. “É claro que isso haverá de se confirmar ou não nos indicadores de pesquisas que tenham um mínimo de credibilidade, de sistemática de acolhimento de dados para aferir seus números. Me parece, pelos dados que nós temos, que já há uma sinalização clara de uma polarização nessa eleição”, destacou.

Mesmo fazendo uma análise de um possível cenário baseado em pesquisa, o governador mostra-se cauteloso, não só pelos números díspares apresentados até agora, mas em históricos de eleições passadas. Citou, por exemplo, a disputa de 1998, quando todos os institutos não cogitavam uma eventual vitória de Marconi Perillo (PSDB), considerando já como certa a eleição de Iris Rezende (MDB). Ao repercutir a realização da convenção do PSDB e aliados, a mais expressiva dentre todos os candidatos, José Eliton frisou que isso se deve à consolidação de uma base política que se destaca como a maior do Estado. “Nossa militância está pronta para ir à luta. Tem muita gente que achava que a eleição já estava ganha”, observou. “Normalmente salto alto faz com que as pessoas caiam mais facilmente”, avisa. “Tem muita gente que comemora antes da hora, mas nós vamos vencer, se Deus nos permitir”, aposta.

Sobre a aliança que o PP selou com o MDB, o governador afirmou considerar o processo natural numa formatação de chapas majoritárias. Revelou que tentou até a véspera da convenção fechar aliança com o partido dirigido pelo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, que reivindicava espaço na chapa, mas que o avisou que não havia mais espaço. “Nós já tínhamos uma chapa competitiva, moderna, com projeto claro, consultando todos os partidos. Não era possível mais abrir espaços na base que estavam previamente definidos”, explicou.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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