Quadrilha suspeita de fazer ‘live’ assassinando mulher é presa no Paraná;
sobrevivente conseguiu se arrastar e pedir ajuda
Segundo polícia, Eunice Fernandes de Oliveira, encontrada morta e sem mãos, foi
vítima da quadrilha. Crimes foram registrados em Sengés e lives eram
compartilhadas com traficantes da região, investigação mostrou.
Uma quadrilha, sendo um integrante adolescente, foi identificada suspeita de
matar uma mulher e transmitirem o crime em “lives” enviadas a traficantes da
região de Sengés, nos Campos Gerais do Paraná, segundo a Polícia Civil (PC-PR). Outra vítima conseguiu
fugir e pedir ajuda.
Os três adultos foram presos na terça (11) e quarta-feira (12), em Sengés e
Itararé, no estado de São Paulo. O adolescente foi apreendido na sexta-feira (7) e encaminhado a um
Centro de Socioeducação.
Os nomes não foram divulgados.
De acordo com a polícia, eles foram identificados a partir da investigação sobre
a morte de Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos. Ela foi dada como
desaparecida no dia 7 de janeiro e o corpo dela foi encontrado com sinais de
tortura, sem as mãos, em fevereiro.
A motivação para o crime, conforme a polícia, seria um furto que ela teria
praticado e por isso foi “julgada” pelos suspeitos, que também são investigados
por tráfico de drogas.
Os homens presos possuem histórico criminal e têm condenações por tráfico e
associação para o tráfico de drogas.
Eles devem responder pelos crimes de organização criminosa para prática de
tráfico de drogas e homicídio, tentativa de homicídio qualificado, tortura,
homicídio qualificado consumado e ocultação de cadáver.
A polícia também investiga o paradeiro de uma possível terceira vítima.
As investigações da polícia mostraram que Eunice Fernandes de Oliveira, de 33
anos, foi levada até um local próximo à área urbana de Sengés por volta das 23h
do dia 6 de janeiro.
Os suspeitos a acusaram de furto. Enquanto a agrediram, transmitiram as torturas
em “live” enviada a traficantes da região.
No dia 6 de fevereiro, um morador da região viu partes do cadáver e fez a
denúncia.
O corpo dela foi encontrado em uma cova rasa, com as mãos arrancadas e queimado.
O reconhecimento foi feito por meio das peças de roupa e confronto genético.
Poucos tempo antes da morte de Eunice, no dia 30 de dezembro, outra mulher, de
38 anos, foi acusada de traição e levada ao mesmo lugar.
Segundo a polícia, as agressões usando caibros também foram transmitidas.
Os suspeitos acharam que ela estava morta e a deixaram no local para depois ser
enterrada.
Entretanto, a vítima conseguiu se arrastar até conseguir pedir ajuda.
Ela passou 15 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um
hospital de Ponta Grossa, com múltiplas fraturas e complicações no estado de
saúde.
A polícia informou que, atualmente, a mulher tem dificuldade para se locomover.