Violência sexual é tema de seminário em Goiânia

São esperadas cerca de 300 pessoas, entre educadores, profissionais de Saúde e dos Creas de todo o Estado

O Seminário Intersetorial de Articulação de Políticas de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes do Estado de Goiás será realizado nesta quinta-feira (09).Estarão presentes especialistas das áreas de saúde, educação, assistência social, judiciário e conselheiros tutelares, que vão debater a temática em mesa-redonda. A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) é parceira neste evento.

O seminário, que acontece no auditório da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás, é uma realização do Fórum Goiano de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

Na programação também constam oficinas nas quais serão discutidos o papel de cada setor no contexto da violência sexual contra crianças e adolescentes, o fluxo para encaminhamento dos casos e as dificuldades encontradas pelos profissionais envolvidos no processo.

O coordenador do Fórum, Joseleno Santos, afirma que esse seminário ajudará na ampliação e integração dos diversos profissionais que atuam na prevenção e assistência às vítimas desse tipo de violência. “Esse evento fomenta os representantes dos municípios na construção de novas politicas públicas”, pontua.

São esperadas cerca de 300 pessoas, entre educadores, profissionais de Saúde e dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (Creas) de todo o Estado.

A sub-coordenadora de Atenção às Pessoas em Situação de Violência, Paula dos Santos, ressalta que o evento é importante para que os profissionais possam trocar experiências e aprimorar conhecimentos. “Após as ações realizadas no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, em 18 de maio, percebemos a necessidade de realizar um evento para capacitar os profissionais que lidam diretamente com esse público”, acrescentou.

Para a coordenadora de Programas Transversais da Superintendência de Inclusão da Seduce, Silvia de Freitas, a realização do evento colabora para o fortalecimento no enfrentamento desse tipo de violência. “O seminário constitui  uma formação continuada às Coordenações Regionais de Educação. Esses profissionais vão atuar como multiplicadores em suas regionais”, destaca.

A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduce) e Secretaria Cidadã também apoiam o encontro.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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