Jair Bolsonaro: Prisão prevista nos próximos meses em velocidade sem precedentes – Entenda os detalhes do caso e possíveis repercussões internacionais

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O círculo próximo de Jair Bolsonaro aponta um procedimento judicial ágil e prevê a prisão nos próximos meses

O encaminhamento dos processos à Procuradoria-Geral da República no mesmo dia em que as últimas defesas foram apresentadas é um exemplo de procedimentos rápidos e atípicos destacado por apoiadores do presidente, que consideram relevantes os desenvolvimentos internacionais.

O grupo próximo de Jair Bolsonaro trabalha com um cronograma que prevê a conclusão do julgamento do ex-presidente em setembro e, por conseguinte, sua prisão já em 2025, conforme apurado pela CNN.

Essa perspectiva leva muitos a considerarem uma abordagem internacional, à semelhança da estratégia de defesa adotada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para expor ao mundo o que é tido como um julgamento fora do comum.

A questão tem sido discutida em círculos internos do núcleo bolsonarista como um “massacre” do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os interlocutores de Bolsonaro informaram à CNN que já esperavam um andamento processual acelerado, mas não imaginavam que a Corte seria tão direta no tratamento do caso.

Alguns eventos são citados como exemplos do possível atropelo procedimental:

A acusação foi apresentada em uma quarta-feira à noite, sendo Bolsonaro citado no início da tarde do dia seguinte;

O ministro Alexandre Moraes, relator do caso, liberou o processo para julgamento no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República o devolveu e, ainda nesse dia, o ministro Cristiano Zanin agendou o julgamento do recebimento da denúncia;

Os autos do processo foram enviados à Procuradoria-Geral da República no mesmo dia em que as últimas defesas foram apresentadas.

Segundo fontes próximas, todos esses procedimentos são considerados extremamente atípicos.

Os relatos indicam que até Jair Bolsonaro demonstrou espanto com a rapidez do processo, apesar de ele e seus aliados anteciparem um trâmite célere. No entanto, não da forma como está ocorrendo.

Com a acusação contra Bolsonaro liberada para julgamento, a comparação com o processo do Mensalão contra líderes petistas tem sido feita pelos defensores do presidente.

Enquanto o Julgamento do Mensalão durou sete anos, do momento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os 40 envolvidos em 2007 até a conclusão em 2014, agora Bolsonaro foi denunciado em fevereiro e a perspectiva é de que ele esteja preso em oito meses.

Diante dessa situação, considera-se a possibilidade de uma exposição internacional semelhante à realizada por Cristiano Zanin, advogado de Lula, com o intuito de destacar o que ele via como um julgamento extraordinário.

Zanin, por exemplo, buscou apoio do Comitê de Direitos Humanos da ONU em 2016, em Genebra, para denunciar o que considerava uma perseguição por parte do então juiz Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato contra Lula.

Em 2022, o comitê reconheceu irregularidades no julgamento.

Informantes ligados ao ex-presidente alertam para o risco de uma potencial convulsão social provocada pela velocidade do processo que o STF parece ignorar.

Isso se dá em um momento em que o governo Lula enfrenta baixa popularidade e pesquisas indicam a liderança de Jair Bolsonaro sobre Lula na preferência dos eleitores para as eleições de 2026.

Ainda nesse contexto, os aliados de Bolsonaro esperam contar com votos suficientes para aprovar anistias não apenas para os investigados de 8 de janeiro, mas também para o próprio ex-presidente. E consideram que, ao acelerar o julgamento de Bolsonaro, o STF desconsidera a possibilidade de uma reação social contrária à corte.

Questionado pela CNN, o STF não se pronunciou.

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