A Universidade Johns Hopkins enfrentará a difícil tarefa de cortar mais de dois mil empregos devido à perda de US$ 800 milhões em financiamento da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID). Essa redução significativa ocorre em meio aos esforços do governo anterior para encolher o tamanho do governo federal. Os principais impactados por essas demissões na renomada instituição de pesquisa serão os funcionários internacionais, com 1.975 prestadores em 44 países sendo afetados, juntamente com outros 247 empregos encerrados nos Estados Unidos.
De acordo com a universidade sediada em Maryland, ainda há a previsão de licenciamento ou redução de horários para cerca de 100 trabalhadores adicionais. A decisão de cortar os empregos representa um dos maiores impactos na história da universidade, abrangendo diversas áreas como as escolas de medicina e saúde pública, o Centro de Programas de Comunicação e a organização sem fins lucrativos afiliada, Jhpiego, que foca em saúde materna e prevenção de doenças.
Ronald Daniels, presidente da Universidade Johns Hopkins, comunicou à comunidade que o corte no financiamento da agência terá repercussões significativas nos orçamentos, pessoal e programas. Isso resultará no encerramento de atividades vinculadas aos subsídios da USAID tanto em Baltimore quanto internacionalmente. A preocupação com os desafios futuros decorrentes desses cortes também foi destacada pelo presidente.
A tendência de cortes de financiamento em instituições de pesquisa nos EUA parece ser uma realidade crescente, com a Universidade de Columbia também tendo perdido US$ 400 milhões recentemente. Esses cortes abalam tanto bolsas quanto contratos, com justificativa do governo referente à alegada ineficácia da escola em combater o antissemitismo. O impacto dessa redução de recursos se estende também ao Instituto Nacional de Saúde, que diminuiu os pagamentos máximos para cobrir custos de infraestrutura.
Diante desse cenário desafiador, cientistas e instituições de pesquisa nos EUA demonstram preocupação com o impacto negativo que essas medidas podem ter na liderança do país em pesquisas. Medidas como a judicialização dos cortes de financiamento pelo NIH refletem a mobilização das universidades contra essas decisões. A incerteza quanto ao futuro do financiamento federal para pesquisa no governo atual levanta questionamentos sobre o rumo da educação superior e da inovação nos Estados Unidos.