Protesto violento na Argentina termina com 103 detidos e 20 feridos. A manifestação de aposentados exigia atualização das aposentadorias e foi reprimida pela polícia.
Resumo do Protesto
O protesto violento ocorrido na Argentina na última quarta-feira terminou com um saldo de 103 pessoas detidas e 20 feridos, sendo um deles em estado grave. Este foi o confronto mais violento no país desde que Javier Milei assumiu a presidência em dezembro de 2023. A manifestação, apoiada por torcidas de futebol e organizações sociais, exigia a atualização do valor das aposentadorias, o restabelecimento da cobertura dos custos com medicamentos e a continuação da moratória previdenciária, que permite que pessoas se aposentem sem cumprir os 30 anos de contribuição.
Conflitos com a Polícia
Os manifestantes desafiaram os cordões policiais em frente ao Congresso e à Praça de Maio, em Buenos Aires. A polícia utilizou balas de borracha, gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão. Alguns manifestantes revidaram com pedras, fogos de artifício e bombas de efeito moral. Uma viatura policial e uma motocicleta foram incendiadas, e outros sete veículos da Secretaria de Segurança de Buenos Aires foram vandalizados. Um fotojornalista foi atingido por um projétil durante o confronto.
Dados sobre Prisões e Feridos
De acordo com a Secretaria de Segurança, a polícia local prendeu 89 pessoas, enquanto outras 14 foram detidas por forças federais. Entre os feridos, pelo menos 10 são policiais com ferimentos leves, e os demais são civis. Após os incidentes, ocorreram panelaços em várias partes de Buenos Aires, e centenas de manifestantes marcharam até a sede do governo.
Críticas ao Governo Milei
O governo de Milei tem enfrentado críticas por suas políticas econômicas, que reduziram a inflação de 211,4% em 2023 para 117,8% em 2024, mas também resultaram na perda de 200 mil empregos e no aumento das taxas de pobreza e pobreza extrema. A política de liberar os preços dobrou o custo dos medicamentos e serviços essenciais em um ano, afetando significativamente os aposentados, que recebem a pensão mínima.