Influenciadores envolvidos em incêndio no Parque da Prainha são alvos de operação da Polícia Civil
No Rio de Janeiro, influenciadores digitais suspeitos de participarem de um incêndio criminoso no Parque Natural Municipal da Prainha, Zona Oeste da cidade, estão sendo alvos de uma operação coordenada pela Polícia Civil. A ação está sendo conduzida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e pela Delegacia do Consumidor (Decon), em colaboração com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Na manhã desta sexta-feira, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.
O crime ocorreu na última terça-feira, dia 11, quando um grupo de quatro homens parou no estacionamento próximo à montanha do Parque da Prainha e começou a soltar rojões de morteiros em direção à vegetação. Essa ação fazia parte de uma promoção de rifas ilegais e foi registrada em vídeo, que posteriormente foi publicado nas redes sociais. Animais selvagens foram vítimas do incêndio provocado e as chamas se alastraram rapidamente devido ao clima seco.
Durante as gravações, dois homens que lideravam a ação anunciavam a rifa que estava próximo ao sorteio, oferecendo prêmios como uma moto, equipamentos e um celular. Após perceberem que causaram um incêndio, o grupo fugiu do local sem contatar as autoridades. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas, que atingiram uma área de preservação correspondente a quatro campos de futebol.
O Inea comunicou o caso à DPMA, que iniciou as investigações e identificou três dos envolvidos. Um quarto suspeito ainda está sendo procurado. Eles serão responsabilizados pelos crimes de associação criminosa, atentado contra a economia popular e exploração de jogos de azar. O delegado da DPMA, André Prates, informou que os influenciadores promoviam rifas ilegais, o que configura mais uma acusação de crime contra eles.
É importante ressaltar que todas as rifas são ilegais e necessitam de autorização do Ministério da Fazenda, exceto quando têm um fim benéfico autorizado. O delegado salientou que, no caso dos suspeitos, a intenção era obter lucro com a ação ilegal. A Polícia Civil conseguiu identificar e apreender materiais relacionados à prática criminosa durante as buscas realizadas nos endereços dos investigados.
Essa operação reforça a importância da preservação ambiental e o combate a crimes que afetam a natureza. A ação dos influenciadores digitais resultou em danos irreparáveis à flora e fauna local, demonstrando a gravidade das consequências de atos irresponsáveis. A Polícia Civil segue empenhada em identificar e responsabilizar os envolvidos, a fim de garantir a segurança e preservação do meio ambiente.