Justiça mantém suspeitos de matar Clara Maria presos por tempo indeterminado

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Caso Clara Maria: suspeitos de matar jovem seguirão presos por tempo
indeterminado, decide Justiça

Prisão de Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel foi convertida de
flagrante para preventiva. Audiência de custódia da dupla acusada de matar a
jovem de 21 anos foi realizada na manhã desta sexta-feira (14).

1 de 3 Thiago Schafer Sampaio (esq) e Lucas Rodrigues Pimentel (dir), suspeitos
da morte de Clara Maria, em Belo Horizonte. — Foto: Polícia Civil de Minas
Gerais

Thiago Schafer Sampaio (esq) e Lucas Rodrigues Pimentel (dir), suspeitos da
morte de Clara Maria, em Belo Horizonte. — Foto: Polícia Civil de Minas Gerais

A Justiça de Minas Gerais decidiu converter de flagrante para preventiva a
prisão de Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel, suspeitos de matar
a jovem Clara Maria Venancio Rodrigues, de 21 anos. O corpo da jovem foi
encontrado enterrado sob concreto em uma casa no bairro Ouro Preto, na Região da
Pampulha, em Belo Horizonte.

A decisão da juíza Alessandra de Souza Nascimento Gregório apontou fortes
indícios de autoria e materialidade do crime, afirmando que a conversão seria
necessária para “garantir a ordem pública”.

Converter prisão de flagrante para preventiva significa manter o acusado
preso por tempo indeterminado, como forma de garantir a ordem pública e a
continuidade das investigações, evitando que o suspeito cometa novos crimes
ou interfira no processo judicial.

Os réus eram primários, mas, diante da gravidade dos fatos, envolvendo
planejamento prévio, brutalidade e ocultação de cadáver, e da repercussão
midiática, a Justiça decidiu manter a prisão da dupla.

Os dois ficarão presos em celas diferentes e separadas dos demais detentos. De
acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, Thiago e
Lucas estão sob custódia no Ceresp Gameleira, Região Oeste da capital mineira,
desde quinta-feira (13).

A Defensoria Pública de Minas Gerais assumiu a defesa da dupla. O Diário do Estado
entrou em contato com o órgão, mas não obteve resposta até a última atualização
desta reportagem.

O CASO

A jovem Clara Maria, de 21 anos, foi encontrada morta na quarta-feira (12) pela
Polícia Civil, com a ajuda do Corpo de Bombeiros. Segundo a instituição, a jovem
foi localizada pela equipe da Divisão de Referência à Pessoa Desaparecida, em uma
casa no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, em BH.

Os bombeiros foram acionados para prestar apoio aos policiais. De acordo com os
militares, o corpo da vítima estava enterrado e coberto por uma camada de
concreto, em um corredor estreito do imóvel, mas a mistura não havia secado
completamente.

A vítima havia sido chamada por um ex-colega de trabalho para receber um valor de
R$ 400, que ele devia à vítima há cerca de três meses.

Três homens foram presos pelo crime de feminicídio, sendo eles: Thiago Schafer
Sampaio, Lucas Rodrigues Pimentel e Kennedy Marcelo da Conceição Filho. Thiago
era o ex-colega de trabalho e suspeito de ter atraído a vítima para a emboscada.

Thiago, de 27 anos, confessou que matou a jovem com um mata-leão na noite do
último domingo (9). Segundo a investigação, ele agiu com um comparsa, Pimentel,
de 29 anos, que também confessou o crime.

Pimentel ajudou na ocultação do corpo, enterrado e coberto por entulhos de obra
e uma camada de concreto na casa de Sampaio, onde o crime aconteceu.

Kennedy Marcelo da Conceição Filho foi liberado ainda na delegacia. Ele seguirá
apenas como investigado, mas não como suspeito do crime, já que esteve na casa
de Thiago no dia do ocorrido.

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