O Caso Gritzbach chocou São Paulo, e após 126 dias de investigação, o inquérito policial foi encerrado. O DHPP, que conduziu as investigações, afirmou ter reunido provas robustas que detalham o envolvimento de suspeitos no crime. Ao todo, a polícia pediu a conversão da prisão temporária em preventiva para oito pessoas, sendo seis pelo homicídio de Gritzbach e duas por favorecimento pessoal. O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, destacou que o inquérito traz indícios sólidos para embasar a denúncia do Ministério Público.
Com cerca de 20 mil páginas, o inquérito é o resultado de uma análise minuciosa de 6 terabytes de arquivos, que incluem imagens, áudios e outras informações obtidas com quebras de sigilo. A diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, ressaltou o cuidado na análise do material durante os meses de investigação, garantindo um trabalho detalhado e aprofundado.
O crime foi ordenado por Emílio Carlos Gongorra e Diego Amaral, que planejaram a execução como retaliação pelas mortes de Anselmo Becheli Santa Fausta e Antônio Corona Neto, ligados ao PCC. O motivo também envolveu denúncias de esquemas da facção ao Ministério Público. Os mandantes do crime estão foragidos, assim como outros suspeitos, incluindo policiais militares.
Além dos mandantes, policiais militares foram presos por executarem Gritzbach. Se condenados, cada agente enfrenta uma pena que pode ultrapassar os 100 anos de prisão. A investigação também se estende a outros policiais que estavam envolvidos na escolta do empresário no dia do crime. Paralelamente, a PF investiga uma associação criminosa composta por policiais civis ligados ao PCC em lavagem de dinheiro e corrupção.
O MPSP denunciou 12 pessoas por envolvimento no caso, incluindo policiais civis, empresários e um advogado. A justiça aceitou a denúncia em fevereiro deste ano. O desenrolar do caso Gritzbach é marcado por uma sequência de reviravoltas e aprofundamentos, revelando um cenário complexo de relações obscuras e crimes violentos.
No dia da execução, Gritzbach foi alvo de 29 disparos, resultando em sua morte imediata. A ação foi filmada e a investigação iniciada, desvendando informações sigilosas e conexões obscuras. O desfecho do Caso Gritzbach ilustra a profundidade da criminalidade que permeia as DE. Ainda há muito a ser revelado sobre os bastidores desse crime que chocou São Paulo e colocou em evidência a atuação de facções criminosas na região.