Dois réus, Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, foram condenados a penas de 19 e 23 anos de prisão, respectivamente, pelo homicídio triplamente qualificado do congolês Moïse Kabagambe. O crime brutal ocorreu em 24 de janeiro de 2022, em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde o jovem congolês foi espancado após uma discussão, sofrendo socos, chutes e pauladas. A sentença foi proferida pelo I Tribunal do Júri da Capital, impondo aos réus penas em regime fechado, ressaltando a gravidade do caso.
Durante dois dias de julgamento, o juiz Thiago Portes destacou a crueldade do homicídio, ressaltando que Moïse e sua família buscaram abrigo no Brasil após fugirem da guerra na República Democrática do Congo, confiando em encontrar uma vida digna no país. A morte do jovem congolês gerou abalos psicológicos e emocionais em seus familiares, que se depararam com a tragédia em um país que deveria acolhê-los. A decisão do juiz evidenciou a brutalidade do crime cometido pelos réus, que agora aguardam julgamento de possível recurso por parte da defesa.
Na tentativa de fazer justiça pela morte de Moïse, a investigação da Polícia Civil identificou os agressores como Fábio Pirineus da Silva, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota. Os três homens foram presos e denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, devido ao motivo fútil, à impossibilidade de defesa da vítima e ao uso de meio cruel. O promotor Alexandre Murilo Graça, autor da denúncia, descreveu as agressões como atos de extrema crueldade, evidenciando a violência com que Moïse foi tratado.
Após as agressões no quiosque Tropicália, as imagens das câmeras de segurança capturaram os momentos de violência sofridos por Moïse, que resultaram em sua morte. A discussão iniciada entre ele e um dos agressores levou a um desfecho trágico, demonstrando a falta de controle e empatia por parte dos réus. O caso chocou a população e mobilizou a sociedade a buscar por justiça e punição aos responsáveis por tão bárbaro ato.
Com a marcação de uma nova audiência para ouvir testemunhas faltantes, a Justiça procura esclarecer todos os detalhes do caso Moïse, a fim de garantir um julgamento justo e imparcial. A importância de reconhecer a gravidade desse crime vai além da punição dos réus, buscando proporcionar um ambiente de segurança e justiça para todos que buscam refúgio em nosso país. A condenação dos agressores é um passo crucial para fortalecer a noção de que atos de violência e intolerância não serão tolerados em nossa sociedade.