EUA expulsam embaixador da África do Sul, Ebrahim Rasool, acusado de “odiar” Trump. A medida aprofunda crise diplomática sobre reforma agrária e discriminação.
Expulsão do embaixador da África do Sul
Os Estados Unidos anunciaram a expulsão do embaixador da África do Sul em Washington, Ebrahim Rasool, na sexta-feira, 14 de março de 2025. A decisão foi tomada pelo secretário de Estado Marco Rubio, que acusou Rasool de “odiar” o país e o presidente Donald Trump. Rubio classificou o embaixador como “persona non grata” e “político racista”, afirmando que não há mais nada a discutir com ele.
Aumento das tensões entre EUA e África do Sul
As tensões entre os dois países vêm aumentando devido à política de reforma agrária da África do Sul, que permite a expropriação de terras sem compensação em certas circunstâncias. Trump e seus aliados, incluindo o bilionário sul-africano Elon Musk, veem essa medida como discriminatória contra a minoria branca. Em janeiro, a África do Sul aprovou uma lei que permite ao governo expropriar terras não utilizadas ou de interesse público, o que gerou críticas nos EUA.
Reação da África do Sul às críticas
A África do Sul respondeu às críticas, afirmando que a lei não é uma porta aberta para a tomada de terras e que o governo procura chegar a acordos com os proprietários. No entanto, Trump congelou a ajuda dos EUA ao país, citando discriminação contra a minoria étnica africâner. Além disso, a Casa Branca anunciou planos para reassentar agricultores sul-africanos brancos e suas famílias como refugiados.
A campanha de desinformação de Trump
O governo sul-africano reagiu, afirmando que Trump promove uma “campanha de desinformação” e que a premissa subjacente ao decreto é factualmente imprecisa, não reconhecendo a história de colonialismo e apartheid do país. A expulsão de Rasool é o mais recente capítulo nas crescentes tensões diplomáticas entre os EUA e a África do Sul.