Dois condenados pela morte de Moïse Kabagambe na Barra da Tijuca: detalhes do caso e desfecho do julgamento

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Duas pessoas foram condenadas pela morte do congolês Moïse Kabagambe, que foi espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca recebeu a sentença de 23 anos de prisão, enquanto Fabio Pirineus da Silva foi condenado a 19 anos de reclusão. O crime aconteceu em janeiro de 2022 e chocou a população local.

Os réus alegaram ter agido em legítima defesa, argumento que não convenceu os jurados durante o júri popular. O Ministério Público detalhou que Moïse foi agredido com extrema violência, sofrendo mais de 30 golpes, incluindo socos, chutes e golpes de taco de beisebol. A vítima foi derrubada e imobilizada, tornando impossível a sua defesa diante das agressões.

Além dos dois condenados, um terceiro acusado pelo crime, Brendon Alexander Luz da Silva, teve sua sentença de pronúncia recorrida, o que o desmembrou do processo principal. A defesa dele buscou contestar a decisão para evitar o julgamento na mesma sessão do júri popular, que se estendeu por dois dias.

A investigação apontou que Moïse já havia trabalhado no quiosque onde foi morto e que a discussão que culminou na tragédia iniciou-se com um desentendimento com um funcionário do local. As imagens do circuito interno de monitoramento foram fundamentais para esclarecer o caso e embasar a denúncia do MP. O motivo torpe das agressões, iniciadas a partir de uma simples discussão, reforçou a tese de homicídio qualificado.

Os condenados afirmaram que Moïse tentou pegar bebidas do freezer sem autorização, além de ter um comportamento agressivo. No entanto, a justiça considerou a gravidade dos atos cometidos contra a vítima e a impossibilidade de defesa diante da brutalidade das agressões. O desfecho do caso demonstra a importância da investigação e do julgamento rigoroso em casos de violência e homicídio.

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