O Papa Francisco, internado devido a uma pneumonia bilateral, anunciou neste sábado, 15, um novo processo de três anos para avaliar reformas na Igreja Católica. A iniciativa foi aprovada pelo pontífice, de 88 anos, enquanto ele se recupera no Hospital Gemelli, em Roma. A medida sinaliza que Francisco planeja continuar à frente da Igreja, apesar da sua saúde debilitada.
O processo está vinculado ao Sínodo dos Bispos, um projeto importante do papado de Francisco, iniciado há 12 anos. O Sínodo discutirá reformas significativas, incluindo a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas e uma maior inclusão de pessoas LGBTQIA+ na Igreja. Após uma cúpula inconclusiva realizada em outubro de 2024, que discutiu o futuro da Igreja, agora o Sínodo se estenderá por três anos, com consultas a católicos de todo o mundo, culminando em uma nova reunião de bispos em 2028.
A decisão de continuar com a reforma foi tomada por Francisco na última terça-feira, 11, durante sua internação. Apesar da recuperação lenta e das especulações sobre sua possível renúncia, após mais de um mês de ausência pública, o papa demonstrou seu compromisso com a continuidade do papado. Biógrafos e amigos próximos asseguram que ele não tem intenção de seguir os passos de seu antecessor, Bento XVI, e renunciar.
“O Santo Padre está impulsionando a renovação da Igreja em direção a um novo impulso missionário”, afirmou o cardeal Mario Grech, que lidera o processo de reforma. “Este é realmente um sinal de esperança”, complementou. A aprovação do novo processo indica que Francisco segue firme na condução da Igreja, apesar dos desafios relacionados à sua saúde.
Após a cúpula do Vaticano, que não gerou resultados concretos em termos de reformas, surgiram dúvidas sobre a força do pontificado de Francisco. No entanto, o Vaticano anunciou que ele ainda está analisando mudanças e que em junho receberá uma série de dez relatórios sobre reformas propostas.
Os últimos boletins médicos informaram que o papa está se recuperando bem e não corre risco imediato de morte, embora a data de sua alta ainda não tenha sido revelada. Todos os dias, simpatizantes se reúnem em frente ao hospital para demonstrar apoio ao pontífice.
Stefania Gianni, paciente de câncer que está sendo tratada na mesma unidade hospitalar, elogiou a postura do Papa Francisco: “Ele deu grandes passos para atualizar a Igreja com os tempos. Ele é um grande homem e um grande papa, e a Igreja ainda precisa dele”, declarou.