Trump ataca houthis no iêmen

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Trump ordena operação militar contra rebeldes Houthis no Iêmen, acusando-os de pirataria e terrorismo. A ação visa proteger ativos americanos e garantir a liberdade de navegação no Mar Vermelho.

Introdução

No sábado, 15 de março de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que ordenou uma operação militar contra os rebeldes Houthis no Iêmen. Segundo Trump, os soldados americanos estão realizando ataques aéreos contra as bases terroristas, líderes e defesas de mísseis dos Houthis. O objetivo é proteger os ativos marítimos, aéreos e navais americanos e restaurar a liberdade de navegação.

A Ameaça dos Houthis

Trump afirmou que os Houthis, aliados do Irã, “travaram uma campanha implacável de pirataria, violência e terrorismo contra a América e navios, aeronaves e drones americanos”. Ele destacou que já faz mais de um ano que um navio comercial com bandeira dos EUA navegou com segurança pelo Canal de Suez, Mar Vermelho ou Golfo de Áden. Os Houthis, segundo Trump, “sufocaram a navegação em uma das mais importantes hidrovias do mundo, paralisando vastas faixas do comércio global e atacando o princípio fundamental da liberdade de navegação do qual o comércio internacional depende”.

Quem São os Houthis?

Os Houthis pertencem ao chamado “Eixo de Resistência”, uma rede de organizações simpáticas ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas e o regime sírio deposto de Bashar al-Assad. A organização surgiu em 1990 para combater o governo do então presidente Ali Abdullah Saleh. Liderados por Houssein al Houthi, os primeiros integrantes do grupo eram do norte do Iêmen e faziam parte de uma minoria muçulmana xiita do país, os zaiditas.

A Evolução do Conflito

Os Houthis ganharam força ao longo dos anos, principalmente após a invasão do Iraque liderada pelos Estados Unidos em 2003. Clamando frases como “Morte aos Estados Unidos”, “Morte a Israel”, “Maldição sobre os judeus” e “Vitória ao Islã”, o grupo não demorou para se declarar parte do “eixo da resistência” liderado pelo Irã contra Israel e o Ocidente.

Histórico da Guerra no Iêmen

A guerra no Iêmen começou em 2014, quando os Houthis saíram do norte do país e tomaram a capital, Sanaa, forçando o governo reconhecido internacionalmente a fugir para o sul e depois para o exílio. A Arábia Saudita entrou na guerra em 2015, liderando uma coalizão militar com os Emirados Árabes Unidos e outras nações árabes. O grupo, apoiado pelos Estados Unidos, realizou uma campanha de bombardeios destrutivos e apoia as forças governamentais e as milícias no sul do território iemenita.

Conflito Indireto

Com o passar do tempo, o conflito se tornou uma guerra indireta entre Arábia Saudita e Irã e seus respectivos apoiadores. Por exemplo, de acordo com um relatório publicado em janeiro de 2023, armas fornecidas pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos e usadas pela coalizão mataram dezenas de pessoas no conflito. Há anos, nenhum dos lados obtém ganhos territoriais: enquanto os Houthis mantêm seu controle sobre o norte, Sanaa, e grande parte do oeste densamente povoado, o governo e as milícias controlam o sul e o leste, incluindo as principais áreas centrais, onde estão a maior parte das reservas de petróleo iemenitas.

Crise Humanitária no Iêmen

A guerra no Iêmen foi classificada pela ONU como o mais grave desastre humanitário da atualidade, com deslocamento interno de mais de 4,5 milhões de pessoas e 80% da população vivendo na pobreza. As mais afetadas são as crianças: cerca de 11 milhões delas vivem em situação desesperadora e precisam de ajuda humanitária, segundo as Nações Unidas.

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