Laerte Codonho, dono da Dolly, foi condenado a 11 anos de prisão por corrupção e crimes ambientais. A sentença inclui multa e rejeição de medidas alternativas.
Resumo da condenação
O empresário Laerte Codonho, proprietário da fábrica de refrigerantes Dolly, foi condenado a uma pena de 11 anos, 10 meses e 4 dias de prisão por corrupção ativa, falsificação de documento e crime ambiental. A decisão foi proferida pela 4ª Vara de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, e divulgada na sexta-feira, 14 de março de 2025. Além de Codonho, outras sete pessoas também foram condenadas na primeira instância, e a sentença ainda pode ser objeto de recursos.
Contexto do caso
A denúncia contra Codonho foi recebida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em abril de 2019. O caso envolve danos ambientais causados por sua empresa, a Stockbanck, em um terreno localizado na Rodovia Regis Bitencourt, em São Lourenço da Serra. O terreno é uma área de preservação permanente, e qualquer modificação no local exigiria autorização do órgão ambiental responsável.
Acusações e defesa
A acusação afirma que Laerte Codonho teria oferecido subornos a servidores públicos para evitar punições pelo desmatamento da área. O processo menciona que os envolvidos no crime foram avisados com antecedência sobre uma operação policial na região, sendo orientados a suspender o desmatamento temporariamente.
A defesa de Codonho argumenta que o processo deve ser anulado por violação dos direitos do acusado e por falta de evidências sobre sua participação nos crimes. Segundo os advogados, as acusações são baseadas em uma abordagem genérica e não comprovam a ligação de Laerte com os atos ilegais. A defesa também questiona a condenação por falsificação de documentos, uma vez que a perícia grafotécnica não apontou sua autoria, e contesta a acusação de crime ambiental, alegando que as obras no terreno estavam autorizadas e em andamento, com concordância do Ministério Público.
Decisão judicial
O juiz Djalma Moreira Gomes Júnior rejeitou o pedido do empresário para substituir a prisão por medidas alternativas, como a tornozeleira eletrônica, e determinou que ele pague uma multa. A defesa de Codonho informou que recorrerá da sentença e acredita que o Tribunal de Justiça de São Paulo revisará a condenação.