Stalker que agrediu idosos, perseguiu família por quase 2 anos e deu tapa em rosto de PM é condenada em 2ª instância em SP
Em um caso chocante ocorrido na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, uma mulher foi condenada por uma série de crimes que incluem lesão corporal a idosos, perseguição e ameaças a uma família. As ocorrências se estenderam ao longo de quase dois anos, entre março de 2021 e dezembro de 2022. A 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de SP confirmou a condenação em fevereiro deste ano, mantendo a decisão de 1ª instância.
De acordo com os autos do processo, a hostilidade da mulher teve início em março de 2021, quando a filha do seu atual marido, que desconhecia a existência do pai, tentou contato com ele. A partir desse momento, a agressora passou a ameaçar, difamar e perseguir a ex-mulher do seu companheiro, chegando a criar perfis falsos nas redes sociais para manter suas investidas. As mensagens intimidadoras incluíam ameaças como “Vou fazer barraco, essa vagabunda e essa família omissa vão pagar”.
As agressões virtuais perduraram até dezembro de 2022, quando a stalker foi até a casa dos pais da vítima, dois idosos, e os agrediu fisicamente, deixando hematomas na mãe da mulher. Diante desse episódio, a Polícia Militar foi acionada e, mesmo na presença dos agentes, a agressora continuou com as agressões verbais, chegando a agredir também o pai da vítima com um tapa no rosto.
Durante a tentativa de mediar a situação, um policial militar foi agredido com um tapa no rosto pela stalker, que já havia agredido três pessoas durante a discussão. A agressora foi condenada a 1 ano e 3 meses em regime aberto, além do dever de indenizar cada vítima em R$ 10 mil.
O Tribunal de Justiça de São Paulo considerou as provas apresentadas, como boletins de ocorrência, laudos periciais, depoimentos de vítimas e testemunhas, e as imagens das agressões e ameaças, como suficientes para comprovar a autoria dos crimes. A defesa alegou insuficiência de provas e embriaguez da cliente, mas a corte rejeitou os argumentos, ressaltando que a embriaguez voluntária não exclui a responsabilidade criminal.
Em suma, o caso exemplifica a gravidade das consequências de ações criminosas como perseguição, agressão e ameaças, reforçando a importância da punição dos culpados para garantir a segurança e a integridade das vítimas de crimes desse tipo. A sentença reafirma que a justiça prevalece diante de condutas violentas e inadequadas.