A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ou apenas CBF, anunciou a data para as eleições que vão definir a presidência da entidade em 2025. Segundo o comunicado oficial, as chapas interessadas em concorrer ao pleito deverão se inscrever até cinco dias antes da data da eleição, marcada para o dia 24 de março, coincidindo com a véspera da partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Além do presidente, serão eleitos oito vice-presidentes, três membros efetivos e três suplentes do Conselho Fiscal, todos para um mandato de quatro anos.
De acordo com o manifesto divulgado pela CBF, o prazo final para inscrição das chapas é até a próxima quarta-feira, dia 19. Até o momento, ainda não foram confirmados os nomes dos candidatos, mas um dos mais comentados era o ex-atacante da seleção brasileira, Ronaldo. No entanto, Ronaldo decidiu desistir da corrida eleitoral alegando falta de apoio das federações estaduais, o que acabou inviabilizando sua participação no processo.
A decisão de Ronaldo se afastar da disputa reflete o favoritismo do atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Segundo ele, 23 das 27 filiadas demonstraram “satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição”. Para Rodrigues, a opinião da maioria das entidades filiadas é o que realmente importa, indicando um cenário favorável para sua permanência no cargo de presidente.
Para concorrer à presidência da CBF, os candidatos precisam obter o apoio de pelo menos quatro das 27 federações estaduais, além de quatro clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Seguindo as regras eleitorais da entidade, o peso do voto das federações é três, enquanto dos clubes da Série A é dois e dos clubes da Série B é um. Dessa forma, é possível conquistar a vitória no pleito apenas com o apoio das filiadas.
Ednaldo Rodrigues assumiu a presidência da CBF em 2021, inicialmente como interino devido ao afastamento de Rogério Caboclo. No ano seguinte, foi eleito efetivamente, mas acabou sendo deposto em 2023 por suspeitas de irregularidades na eleição que o levou ao cargo. No entanto, foi reintegrado em 2024 por uma liminar do STF, após uma ação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ter ameaçado a participação do Brasil na Copa do Mundo de 2026.
A reinstalação de Ednaldo Rodrigues gerou polêmica, já que a Fifa e a Conmebol ameaçaram a CBF com a exclusão da entidade de competições internacionais devido à interferência do judiciário nos assuntos internos esportivos. A ação judicial que poderia resultar na exclusão do Brasil da Copa do Mundo foi encerrada em fevereiro pela Justiça do Rio de Janeiro, garantindo a participação da seleção brasileira no evento esportivo.