Comício a favor de Bolsonaro reúne 400 mil pessoas em Copacabana: disputa de números entre PM e USP gera controvérsia

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No último domingo, a Polícia Militar do Rio de Janeiro surpreendeu ao divulgar uma estimativa de 400 mil pessoas presentes no comício a favor da anistia para Bolsonaro e outros, em Copacabana. Essa decisão quebrou uma tradição da Corporação, que normalmente evita dar números de manifestantes em eventos políticos. A publicação da PM foi amplamente compartilhada por líderes e apoiadores do presidente, fornecendo argumentos para aqueles que defendiam que a manifestação não foi esvaziada.

Por outro lado, a Universidade de São Paulo (USP) calculou a presença de cerca de 18 mil pessoas no ápice do protesto, o que mostra uma disparidade significativa em relação à estimativa da Polícia Militar. Segundo informações obtidas pelo blog, a ordem para divulgar o número de 400 mil partiu do Palácio do Guanabara, contudo, o governador nega qualquer interferência nesse sentido.

O comandante da PM, Coronel Menezes, acompanhado de outros oficiais da cúpula, recebeu a ordem de divulgar o número controverso e, apesar de ter discordado, cumpriu com a determinação do Palácio. Vale ressaltar que o método utilizado pela Polícia Militar para calcular a quantidade de pessoas em eventos desse porte não é preciso, sendo baseado em dados históricos e na superestimação da previsão para garantir a segurança.

A controvérsia em torno dos números divulgados pela PM ocorre em um contexto em que o presidente Bolsonaro convocou o comício com a expectativa de reunir 1 milhão de pessoas nas ruas. A manifestação em Copacabana pede anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, sendo que a presença de 18,3 mil pessoas no ápice do protesto, de acordo com a USP, mostra que a pauta não é unanimidade entre a população.

Além disso, a atitude da Polícia Militar de divulgar uma estimativa tão discrepante levanta questionamentos sobre as verdadeiras intenções por trás desse ato. Em meio a disputas de narrativas políticas, a instituição acabou se envolvendo em uma situação que gerou surpresa e questionamentos por parte de seus próprios agentes. A transparência e a objetividade na divulgação de informações são essenciais para preservar a credibilidade e a confiança da sociedade.

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