Músico que matou corretora em Guapó é condenado a 27 anos de prisão

A juíza Rita de Cássia Rocha Costa, do juízo de Guapó, condenou o músico Antônio Rodrigues de Brito a 27 anos e 6 meses de prisão, em regime inicialmente fechado. Ele responde por latrocínio e ocultação do corpo da corretora de imóveis Nubia Francisco de Souza Santos, ocorridos em 2016. O acusado ainda foi condenado ao pagamento de 60 dias-multa.

Ao longo do processo, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) pediu a procedência integral da denúncia, ressaltando que ficaram comprovadas a materialidade delitiva e a autoria do crime. A defesa requereu o reconhecimento da atenuante da confissão, a aplicação da pena no mínimo legal e o direito de recorrer em liberdade.

O CRIME
Desaparecida desde o dia 16 de maio, Núbia Francisca foi encontrada morta na noite do dia 18 do mesmo mês, perto da cidade de Cezarina. Dona de um pregão no Setor Novo Horizonte, em Goiânia, Núbia, conforme a ocorrência registrada por familiares na delegacia, sumiu depois de sair de casa para comprar alguns móveis perto de Guapó. O carro dela, um Uno prata ano 2011, foi encontrado abandonado no dia 17 em um posto de combustíveis desativado que fica ao lado do Pite Clube e Rodeio, na GO-060, saída para Trindade.

Posteriormente o corpo da vítima foi encontrado em um córrego de uma fazenda na entrada de Cezarina. De acordo com as primeiras informações, Núbia foi vítima de estrangulamento. Quando saiu de casa na segunda-feira, a vítima, conforme o relato de familiares, estava com R$ 1.000 em dinheiro na bolsa.
Preso em Guapó, Antônio Rodrigues de Brito, confessou o crime, e inclusive levou os policiais até o local onde jogou o corpo. Ele teria confessado também que matou Núbia, com quem já teria feito outros negócios anteriormente, para roubar o dinheiro.

De acordo com a denúncia, no dia 16 de maio de 2016, em Guapó, Antônio Rodrigues havia entrado em contato com Nubia, que estava montando um pregão, loja de compra e venda de móveis usados, para vender dez jogos de mesa, por R$ 500,00.

Porém, o denunciado não possuía os bens, tendo simulado a venda para subtrair o dinheiro que a vítima trazia consigo. Quando ele estava com Nubia em seu carro, pediu que ela parasse no acostamento, momento em que a asfixiou até a morte. Antônio, então, pegou o dinheiro que estava com a comerciante, R$ 850, a amarrou e jogou o corpo no córrego com o intuito de ocultar o cadáver da vítima. Em seguida, abandonou o veículo na GO-060, em Goiânia.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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