Câmara de Nova Iguaçu contrata bufê para vereadores: polêmica por gastos excessivos e benefícios extras

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A decisão da Câmara de Nova Iguaçu de contratar um bufê para servir comida aos vereadores durante as sessões tem gerado polêmica. A Casa pretende gastar aproximadamente R$ 60 mil por ano com alimentos, incluindo um cardápio variado que conta com opções como café americano, bacon, ovos, linguiça defumada, salgadinhos, bolos, sucos, refrigerantes, frutas, pães com frios e café quentinho. A lista de compras para o bufê inclui 7 mil salgadinhos, 3 mil ovos, 50 kg de bacon, 21 litros de maionese, entre outros itens.

O vereador Elton Cristo (PP) defende a necessidade de oferecer alimentação aos parlamentares durante as sessões, argumentando ser uma prerrogativa da Casa. Por outro lado, o vereador Igor Porto (PL) ressalta a importância de que todas as ações estejam dentro da legalidade e da visão moral e legal. Os benefícios oferecidos aos vereadores de Nova Iguaçu não se limitam apenas à alimentação, incluindo também verba extra para cursos fora do estado e um aumento de 50% em seus salários.

O processo de contratação do bufê foi iniciado após reportagens que revelaram os altos gastos da Câmara Municipal, como R$ 2 milhões em carros blindados e motoristas. Além disso, os parlamentares têm recebido diárias para cursos fora do estado, mesmo estando na cidade, causando controversias. A falta de reajuste salarial para professores nos últimos 10 anos também tem sido motivo de protestos.

A Câmara destaca que a contratação do bufê seguiu as diretrizes legais e respeita os princípios de moralidade administrativa, com um limite de investimento de R$ 60 mil no serviço. A concessão do café da manhã aos vereadores tem como objetivo otimizar o início das sessões legislativas. A justificativa para o uso de carros blindados com motorista está relacionada ao aumento de homicídios na região nos últimos anos, enquanto os pagamentos de diárias para cursos de capacitação são considerados regulares e previstos na legislação. A Câmara afirma que o aumento de 50% nos salários dos vereadores foi necessário devido à falta de reajuste desde 2012.

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