A União Europeia está propondo a redução das importações de aço em 15% como resposta às tarifas impostas pelos EUA. Produtores europeus de aço alertam que a UE poderá se tornar um destino para o aço desviado do mercado norte-americano, o que impactaria negativamente as siderúrgicas locais.

Com a medida, a UE pretende reforçar as cotas de importação de aço, reduzindo a entrada de material no bloco em mais 15% a partir de abril. O objetivo é evitar que produtos siderúrgicos importados prejudiquem o mercado europeu após a imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos.

Diante das mudanças no mercado americano com a imposição da tarifa de 25%, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Stephane Sejourne, prevê um aumento das exportações de aço para a Europa por parte do Canadá, Índia e China. A União Europeia planeja adotar uma série de medidas comerciais para fortalecer sua indústria metalúrgica.

A proposta da Comissão Europeia é reduzir as cotas de importação de aço a partir de abril, limitando a entrada de material em cerca de 15%. Importações dentro das cotas estabelecidas refletem fluxos comerciais regulares e não estão sujeitas a tarifas, enquanto qualquer importação fora da cota será taxada em 25%.

A UE importou aproximadamente 60 milhões de toneladas de aço em 2024, sendo 30 milhões dentro da cota livre de tarifas. A Comissão planeja introduzir novas medidas de defesa comercial no terceiro trimestre e reforçar as salvaguardas existentes, de modo a não depender excessivamente das importações de aço.

A estratégia industrial do bloco busca evitar que a indústria europeia de aço enfraqueça diante das pressões do mercado global. A Comissão Europeia planeja medidas para favorecer o aço europeu, como revisões nas regras de compras públicas e a introdução de regras para garantir a origem do metal por meio de “transformações mínimas”.

Em um cenário em que a indústria de defesa e automobilística depende fortemente do aço, a UE pretende manter sua produção local e fortalecer a economia interna. O desejo é reduzir a dependência de importações e reciclar o aço dentro da Europa, promovendo assim a sustentabilidade e a segurança da indústria siderúrgica no bloco.