A Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão contra o juiz Marcos Scalercio, investigado por suspeitas de crimes sexuais em São Paulo. As denúncias indicam que Scalercio teria abusado sexualmente de mulheres. Em 2023, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a aposentadoria compulsória do magistrado após entender que ele assediou e importunou três vítimas quando atuava como juiz do trabalho e professor de direito. Até o momento, a defesa de Scalercio não se manifestou sobre o assunto.
A “Operação Verres” foi realizada com o objetivo de cumprir mandados expedidos pela Justiça Federal para localizar e apreender elementos que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos investigados. Os agentes da Polícia Federal tinham como alvo computadores e outros equipamentos eletrônicos pertencentes ao juiz.
O CNJ puniu o juiz Marcos Scalercio em 2023, acusado de assédio sexual e importunação sexual contra as vítimas em São Paulo. As denúncias foram feitas por uma aluna do cursinho Damásio, uma funcionária do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região e uma advogada. Scalercio sempre negou as acusações, mas as investigações avançaram. O nome da operação, Verres, faz referência a um magistrado romano acusado de abusar de seu poder para explorar e assediar mulheres.
Em consonância com o CNJ, a Polícia Federal também investiga Scalercio na esfera criminal, considerando as denúncias de diversas vítimas. O inquérito apura crimes contra a dignidade sexual e outras possíveis denúncias contra o magistrado. A PF conta com a colaboração do Ministério Público Federal em São Paulo para dar continuidade às investigações.
As denúncias contra Scalercio datam de 2014, 2018 e 2020, sendo feitas por mulheres que o acusam de assédio sexual e importunação. Após o afastamento de suas funções em 2022 pelo CNJ, o juiz foi punido com a aposentadoria proporcional. Essa decisão fez com que Scalercio abandonasse a função de juiz e passasse a receber a respectiva aposentadoria.
Em 2022, algumas das vítimas prestaram depoimento à imprensa, revelando detalhes dos episódios de assédio e importunação sexual. As mulheres descreveram situações em que foram abordadas pelo juiz em contextos como o cursinho Damásio, o Tribunal Regional do Trabalho e redes sociais. As acusações ampliaram o alcance da investigação e incentivaram outras vítimas a se manifestarem.
O papel da Polícia Federal e do Ministério Público Federal é fundamental para investigar e responsabilizar Scalercio por seus atos. O combate ao assédio e à importunação sexual é uma prioridade, dada a gravidade desses crimes. A justiça deve ser feita para garantir a proteção das vítimas e a punição dos agressores, assegurando um ambiente seguro para todos.