Fraude bancária: esquema recrutava falsos correntistas para sacar dinheiro, diz PF

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Esquema de fraude bancária recrutava falsos correntistas para produzir RG e
sacar dinheiro na boca do caixa, diz PF

Investigação começou em 2022 após golpe de R$ 40 mil de correntista de
Indaiatuba (SP). Segundo a PF, ao menos 86 carteiras de identidade falsificadas
foram encontradas no endereço do chefe do esquema.

O homem de 40 anos preso na manhã desta quarta-feira (19) em uma operação contra
falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e fraudes bancárias
[https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2025/03/19/pf-de-campinas-prende-suspeito-de-chefiar-esquema-de-fraudes-bancarias-e-falsificacao-de-documentos.ghtml]
chefiava um esquema complexo, que envolvia o recrutamento de falsos
correntistas, segundo informações da Polícia Federal.

Durante o cumprimento do mandado de prisão preventiva, na capital paulista,
investigadores da PF de Campinas (SP)
[https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/cidade/campinas/] encontraram 86
carteiras de identidade e 15 CNH falsas, já preenchidas e prontas para uso,
cartões com nomes das vítimas, extratos bancários e outros documentos.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema funcionava da seguinte forma:

* Os golpistas recrutavam as pessoas que se passariam pelos correntistas;
* Essas pessoas sediam suas fotos e biometria para confecção de documentos
falsos;
* Embora tivessem o nome de um correntista de verdade, vítima do esquema, o
documento falso levava a foto e a biometria do falsário;
* Os golpistas iam até o banco com o documento falso, se passando pela vítima,
para fazer o saque na boca do caixa.

A apuração da Polícia Federal começou em maio de 2022, a partir da comunicação
de fraude contra um cliente da Caixa Econômica Federal, em Indaiatuba (SP)
[https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/cidade/indaiatuba/], quando um suspeito
fez uso de documento falso, se passou pelo correntista e movimentou R$ 40 mil.

O delegado Edson Geraldo de Souza, chefe da PF em Campinas, detalha que homem
preso nesta manhã era responsável por organizar o esquema, que pode envolver ao
menos 30 pessoas – sendo que sete delas já foram identificadas.

> “Ele diz que recebia por meio de um grupo de pessoas, por meio de uma
> mensageria, mas especificamente pelo WhatsApp. Ele recebia os dados. Nosso
> objetivo é alcançar essas pessoas que tinham acesso a essa fonte de dados. Aí
> que reside o principal aspecto dessa organização criminosa”.

OUTROS CASOS

Além do caso de Indaiatuba, a corporação identificou o envolvimento do grupo em
outros quatro casos de fraude com as mesmas características.

Já em junho de 2024, a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Goiânia
(GO), contra suspeitos de recrutar pessoas para usar os documentos falsos e se
passar pelos clientes da Caixa.

A instituição bancária não é investigada.

O nome da operação, “Not me” (Eu não, em inglês), faz alusão à falsificação de
documentos para ter acesso às contas bancárias.

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