Petróleo fecha em alta com tensões geopolíticas e sanções ao Irã
Parte do petróleo seria proveniente de navios vinculados aos Houthis, do Iêmen,
e ao Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã
Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (20)
estendendo os ganhos da DE, em meio às tensões no Oriente Médio e o
conflito entre Rússia e Ucrânia. A commodity também foi impulsionada por novas
sanções dos EUA.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para maio
fechou em alta de 1,73% (US$ 1,16), a US$ 68,07 o barril, enquanto o Brent para
mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,72% (US$
1,22), a US$ 72,00 o barril.
No radar geopolítico, Israel lançou novos ataques à Faixa de Gaza entre a noite
de quarta e a manhã desta quinta, em mais uma demonstração de instabilidade na
região em meio as negociações de uma segunda fase do cessar-fogo com o Hamas. Na
Ucrânia, um cessar-fogo mais amplo ainda parece distante.
Embora tenha concordado com a oferta dos EUA para uma pausa mútua nos ataques a
alvos energéticos por 30 dias, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky,
caracterizou na última quarta-feira (19) algumas das imposições do líder russo,
Vladimir Putin, como uma tática para ganhar tempo enquanto manobra para obter
vantagem militar e o melhor acordo possível.
Também nesta quinta-feira, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros
(Ofac, na sigla em inglês), do Departamento do Tesouro dos EUA, anunciou a
imposição de sanções contra uma refinaria independente chinesa por comprar e
refinar petróleo bruto do Irã.
Parte do petróleo seria proveniente de navios vinculados aos Houthis, do Iêmen,
e ao Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas do Irã.
“As compras de petróleo iraniano por refinarias ‘teapot’ fornecem a principal
fonte de sustentação econômica ao regime iraniano, o maior patrocinador estatal
do terrorismo no mundo”, afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou nesta quinta,
em comunicado, que Rússia, Iraque, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos,
Kuwait, Casaquistão e Omã apresentaram um plano de compensação da produção de
petróleo.