Casal que vendia ágio de carro roubado pelo WhatsApp é preso em Aparecida

O veículo foi anunciado para venda em um site no valor de R$135 mil

A equipe da 2ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Aparecida de Goiânia prender em flagrante um casal por receptação na quinta-feira (16), casal que vendia carro roubado pelo WhatsApp. Juliana Aparecida de Carvalho e seu marido, Vinícius Silva Mattos, foram presos ao tentarem vender dois automóveis em uma rede social, um Honda Accord de cor preta e um Hyundai Azera de cor branca.

Ao investigarem um grupo de WhatsApp de compras e vendas de veículos no qual havia suspeita de ocorrência de negociações de veículos roubados, os policiais civis constataram que o Honda Accord e o Hyundai Azera eram anunciados para comercialização com ágio nos valores R$ 55 mil e R$ 75 mil, respectivamente. Após levantamentos nos sistemas de informações da Polícia Civil, foi localizado o dono do veículo Honda Accord, que alegou estar na posse de seu veículo. Ele confirmou ter anunciado seu automóvel para venda em um site no valor de R$135 mil.

Com isso, os policiais marcaram encontro com Juliana na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia. Acompanhada do seu marido, Juliana chegou no local combinado de posse do Honda Accord preto, e afirmou ser o automotor procedente do município mineiro de Uberlândia. Os investigadores checaram o chassi e o motor do veículo, constataram tratar-se de um veículo com ocorrência de roubo. Ao procederem a revista no interior do carro, os policiais civis localizaram a chave de um Hyundai. O casal alegou ser o modelo Azera que fora adquirido, também na cidade de Uberlândia. Constatou-se que também esse automóvel era produto de Roubo. Diante dos fatos, foi dada voz de prisão a Vinicius e Juliana por receptação.

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Bolsonaro e demais indiciado por tentava de golpe podem ser julgados em 2025

O inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito está prestes a ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias. Este é o primeiro passo após o inquérito chegar ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da investigação.
 
Cabará ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir, no prazo de 15 dias, se Bolsonaro e os demais indiciados serão denunciados ao Supremo pelas acusações. As defesas dos investigados também deverão se manifestar durante este período.
 
Devido ao recesso de fim de ano na Corte, que começa no dia 19 de dezembro e termina em 1º de fevereiro de 2025, a expectativa é de que o julgamento da eventual denúncia da procuradoria ocorra somente no ano que vem. Este prazo pode influenciar significativamente o cronograma das ações judiciais.
 
Mais cedo, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento ao Supremo sobre omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal (PF) na oitiva realizada na terça-feira, 19. Após o depoimento, Alexandre de Moraes decidiu manter o acordo e os benefícios de delação premiada de Cid, entendendo que Mauro Cid esclareceu as omissões e contradições apontadas pela PF.
 
O novo depoimento foi enviado pelo ministro de volta à PF para complementação das investigações. Na oitiva da PF, Mauro Cid negou ter conhecimento sobre o plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes. No entanto, de acordo com as investigações da Operação Contragolpe, uma das reuniões da trama golpista foi realizada na casa do general Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, e teve a participação do ex-ajudante de ordens.
 
No ano passado, Cid assinou acordo de delação premiada com a PF e se comprometeu a revelar os fatos de que teve conhecimento durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de joias sauditas e da fraude nos cartões de vacina do ex-presidente. Essas revelações são cruciais para o avanço das investigações.

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