Ativistas reivindicam direitos de países pobres em reunião do G20

Mais transparência tributária em escala global e alívio da dívida dos países pobres foram as principais reivindicações feitas por ativistas aos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta) hoje (17) na cidade alemã de Baden-Baden. As informações são da Agência DPA.

Em um momento em que os postulados protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causam incertezas e dominam o debate no encontro multilateral, cerca de uma centena de manifestantes se reuniram nesta cidade do sul da Alemanha, famosa pelo antigo cassino e pelas águas termais, para chamar a atenção sobre temas que geralmente passam desapercebidos na agenda global.

A Erlassjahr.de, maior aliança alemã de ativistas a favor do desenvolvimento e da cooperação mundial, que participou dos protestos, alerta que os níveis da dívida em alguns países em desenvolvimento são insustentáveis e pede ao G20 que “reconheça a ameaça de novas crises da dívida soberana em países pobres” e apoie a criação de um sistema que possa resolver rapidamente um endividamento perigoso. “A dívida vai asfixiar estes países”, disse Mara Liebel, membro da Erlassjahr.de.

Cassino e evasão fiscal

“Os ministros de Finanças do G20 se reúnem em um cassino em Baden-Baden para falar sobre dinheiro. Será que para os ministros de Finanças do G20 isto não parece ser uma contradição? Para nós, a evasão fiscal não é um jogo”, escreveu a organização humanitária Oxfam em sua conta do Twitter.

Já a Attac, associação internacional que diz promover o controle democrático dos mercados financeiros, apelou aos ministros do G20 para pôr um fim à evasão fiscal das multinacionais. A Attac destacou que as práticas das multinacionais prejudicam a economia de países em desenvolvimento.

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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