Representação feminina é menor no PSL e no DEM

Em números absolutos, o PSOL é quem tem mais mulheres concorrendo em 2018: são 439, o que corresponde a 33,4% das candidaturas do partido

Partido com o maior número de candidatos neste ano, o PSL de Jair Bolsonaro aparece empatado com o DEM entre as legendas com menor representatividade feminina nas candidaturas – 28,3% do total dos postulantes de cada sigla são mulheres. O número ainda está abaixo da cota de 30% determinada por lei, mas pode sofrer pequenas alterações com a atualização dos dados por parte da Justiça Eleitoral.

As legendas com maior representação feminina são o PMB (39,4%) e o PSTU (38%). Em números absolutos, o PSOL é quem tem mais mulheres concorrendo em 2018: são 439, o que corresponde a 33,4% das candidaturas do partido.

Com a exceção dos líderes PMB e PSTU, todos os partidos ficam entre 28% e 34%, bem próximas ao mínimo exigido. A determinação de que 30% das candidaturas sejam femininas já existia em pleitos anteriores. Para as eleições de 2018, o TSE impôs que o mesmo porcentual também deve servir para o dinheiro do novo fundo eleitoral. Ou seja, 30% das verbas de cada sigla precisam ser investidas em mulheres.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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