Chuvas e ventos fortes causam estragos no Paraná: confira os danos e como se proteger

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Alagamentos, destelhamentos, quedas de árvores e imóveis sem luz: chuvas, granizo e ventos fortes causam estragos no Paraná

Temporais foram registrados na madrugada desta terça-feira (25), na região metropolitana de Curitiba.

Chuvas e ventos fortes causam estragos no Paraná
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DE e ventos fortes causam estragos no Paraná

Cidades da região metropolitana de Curitiba DE tiveram uma série de problemas devido à ocorrência de chuvas e ventos fortes na madrugada desta terça-feira (25).

Em municípios como Campo Largo, Balsa Nova e Lapa, foram registrados alagamentos, destelhamentos e quedas de árvores em ruas e fiações elétricas. Milhares de imóveis ficaram horas sem luz e casas foram invadidas por água e lama ao longo da noite.

DE acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), apenas durante a madrugada foram registrados 51 mm de precipitação acumulada na Lapa e 35 mm em Balsa Nova. Nas duas cidades, os ventos chegaram a até 70 km/h.

Dados da Defesa Civil de Campo Largo apontam que a vizinha da capital somou 30 mm de chuva em meia hora.

Nos três municípios, equipes da Defesa Civil estão circulando pelas regiões afetadas para levantar o número de pessoas atingidas.

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⛈️ESTRAGOS DA CHUVA EM BALSA NOVA

1 de 3 Estragos da chuva em Balsa Nova — Foto: Reprodução

Estragos da chuva em Balsa Nova — Foto: Reprodução

Em Balsa Nova, o terminal de ônibus ficou interditado devido à estrutura do telhado de uma loja que fica ao lado voar sobre a fiação elétrica e bloquear a entrada do espaço. Um barracão de uma fábrica de postes desabou e todas as escolas municipais do centro da cidade tiveram as aulas suspensas nesta terça-feira (25).

Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), pelo menos 2,6 mil imóveis ficaram sem energia elétrica na cidade.

“Os bairros mais afetados foram Loteamento Bonassoli, Rodeio Chapada, Moradias Iguaçu e Centro, impactando milhares de pessoas. Os ventos fortes destelharam muitas casas, empresas e prédios públicos, derrubaram árvores por toda a cidade e afetaram o fornecimento de energia, água e internet. Além disso, os telefones fixos estão inoperantes. […] O Centro Médico foi afetado, mas segue com atendimento normal. A Unidade Básica de Saúde (UBS) [do Centro] está atendendo, porém sem energia”, informou a prefeitura.

O Município também informou que está cadastrando famílias atingidas para distribuir lonas de forma emergencial e criou três pontos de apoio na cidade para atendimento e assistência. Eles ficam nas regiões do Loteamento Bonassoli, Moradias Iguaçu e em frente à Prefeitura.

⛈️ESTRAGOS DA CHUVA EM CAMPO LARGO

2 de 3 Estragos da chuva em Campo Largo — Foto: Reprodução

Estragos da chuva em Campo Largo — Foto: Reprodução

Em Campo Largo, segundo a prefeitura municipal, foram registrados alagamentos nos bairros Botiatuva, Campina, Jardim das Acácias, Jardim Busmayer, Jardim Social e Loteamento Helvidia.

O trecho da Avenida Marcelo Puppi (antiga BR-277) que fica próximo ao Rio Cambuí também teve uma cheia e está passando por limpeza com a finalidade de prevenir possíveis acidentes.

“Não aconteceu nenhum acidente, ainda bem, e nossas equipes estão prontamente atuando justamente para evitá-los. Estamos fazendo o trabalho de manilhamento na marginal da Avenida Marcelo Puppi, para corrigir estragos no manilhamento em dois pontos da via. E também há uma equipe na Avenida do Expedicionário, corrigindo o manilhamento. Uma terceira equipe está na Campina fazendo a limpeza do local, em uma área que alagou”, informou Flávio Barszcz, secretário municipal de Obras Viárias.

A Companhia Campolarguense de Energia (Cocel) informou que durante a madrugada 16,7 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento de energia interrompido, e garantiu que a maior parte teve o fornecimento restabelecido antes do amanhecer. Por volta das 10h, cerca de 4,2 mil imóveis permaneciam sem luz, segundo a Cocel.

⛈️ESTRAGOS DA CHUVA NA LAPA

3 de 3 Estragos da chuva na Lapa — Foto: Reprodução

Estragos da chuva na Lapa — Foto: Reprodução

Na Lapa, além das chuvas e ventos fortes, algumas regiões também registraram queda de granizo.

Segundo a prefeitura, as ocorrências afetaram, principalmente, as localidades de Pavão, Lagoão, Feixo e Mariental.

“A Secretaria de Obras mobilizou homens com motosserra para desobstruir algumas estradas vicinais onde houve queda de árvores. Uma motoniveladora auxilia nos trabalhos. A Defesa Civil do Município está no local prestando atendimento às residências afetadas, com a distribuição de lonas. O Departamento de Assistência Social vai à campo para promover um levantamento das residências afetadas para posterior auxílio às famílias atingidas, bem como acolhimento das demandas da população”, informa o Município.

Às 11h, a Copel informou que pelo menos 2,1 mil imóveis permaneciam sem energia elétrica na cidade.

COMO AGIR EM TEMPORAIS

A Defesa Civil do Paraná disponibiliza dicas de como agir em caso de desastres ambientais. Confira:

Vendavais

Procure um abrigo o mais rápido possível, e não saia até que o vendaval pare;
Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades;
Revise a resistência de sua casa, principalmente o madeiramento de apoio do telhado e a amarração das telhas no madeiramento, se tiver;
Guarda-chuvas podem atrapalhar o deslocamento, evite utilizar estes materiais ao se locomover em ventos fortes;
Não se abrigue embaixo de árvores ou coberturas metálicas frágeis, elas podem cair e causar ferimentos;
Se precisar se deslocar, diminua ao máximo seu atrito com o vento;
No carro, se possível, estacione o veículo em local seguro e espere o vento forte passar;
Se necessário, e possível, entre em uma edificação;
Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas;
Se não for possível estacionar, diminua a velocidade e procure um local seguro para estacionar assim que possível, pois o vento pode desestabilizar a direção do veículo.

Alagamentos

Não deixe crianças brincarem nas águas de inundações, alagamento e enxurradas. Além de vários perigos, elas poderão estar contaminadas;
Caso perceba que o volume de água está subindo, ameaçando seus bens, ponha-os a salvo, elevando-os. Mas atenção! Somente faça isso se não houver riscos;
Se, por algum motivo, ficar ilhado, ligue 193 (Corpo de Bombeiros) ou Defesa Civil pelo 199;
Proteja-se em locais elevados até a água baixar;
Fique atento às informações das rádios;
Estando em veículo, se possível, estacione em um local elevado e espere a água baixar;
Não fique próximo a caminhões ou ônibus. Veículos de grande porte provocam ondas que podem alagar o seu carro e fazer com que perca o controle da direção;
Não pare o carro próximo a árvores ou postes;
Evite atravessar áreas alagadas, só faça isso se for realmente necessário;
Não tente atravessar vias com água acima da metade da roda (observe outros carros) e mantenha sempre a rota da rua sem fazer desvios, evitando buracos escondidos na margem;
Se precisar atravessar um local alagado: ande em 1° marcha e devagar sem jamais trocar de marcha dentro d’água, mantendo a aceleração constante, por volta dos 2.500 giros, para evitar que entre água pelo escapamento e o carro apague;
Mantenha distância do carro da frente, pois, se o mesmo apagar, você tem a opção de fazer uma rota alternativa;
Se o carro morrer, não tente fazê-lo pegar. Solicite ajuda e, se possível, retire-o do local onde está parado, para que a água não entre no veículo causando panes;
Se não houver como movê-lo, não espere dentro do carro o volume de água diminuir, pois, na maioria das vezes, a tendência é aumentar e você poderá ficar preso ao veículo, sem poder sair. Veja a maneira mais segura de fazê-lo, se necessário aguarde por socorro sobre o carro;
Tente estacionar em regiões mais altas. Se o nível da água atingir o batente inferior da porta é hora de abandonar o veículo. Com água acima das rodas, o carro começa a boiar e fica sem controle. Se alcançar as janelas, ocorre o bloqueio das portas, impedindo a saída e dificultando o resgate;
Se não for possível abandoná-lo, chame por socorro (ligue 193 ou 199) e aguarde no teto do veículo.

Confira orientações para outros tipos de desastres naturais no site da Defesa Civil do Paraná

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